Mandy Candy e Jonas Maria sobre a importância da representatividade trans
Os dois participaram de um talk sobre identidade de gênero no TUDUM Festival Netflix
O TUDUM Festival Netflix está oficialmente aberto! Neste sábado (25), o evento contou com a presença de famosos como Larissa Manoela e o elenco de Sintonia, e teve também algumas conversas muito legais sobre questões importantes com alguns profissionais e influencers.
Uma delas foi sobre identidade de gênero e trouxe para o palco Mandy Candy e Jonas Maria, representantes do movimento, e Vitor di Castro, da página Quebrando o Tabu. O principal assunto abordado no talk foi a importância da representatividade de pessoas trans e LGBT nas séries, nos filmes e na mídia no geral.
“Quando eu era pequena, não me via como menino gay e não sabia o que eu era. Foi só lá pelos 17, 18 anos que descobri o que era trans. Passei a maior parte da minha infância e a adolescência sem saber o que eu era, achando que tinha algo estranho comigo, o que obviamente não foi muito feliz. Hoje, com as séries, por exemplo, é muito mais fácil descobrir e aceitar isso”, começou Mandy.
Jonas concordou. “Para mim, foi difícil descobrir que a transexualidade sequer existia. Por acaso descobri na internet uma página falando sobre isso, por acaso fiz uma busca mais profunda no YouTube e só então descobri uma comunidade trans, porque até então a representatividade na TV era péssima. Quando tinha algum personagem trans na telinha, ele estava ligado apenas a acontecimentos fatalistas ou era mostrando de forma muito caricata e totalmente desconectada com a realidade”, afirmou ele.
Para o bem da humanidade, isso está mudando aos poucos, né? Personagens como Nomi (Jamie Clayton), de Sense8, ou Blythe (Hari Nef), da primeira temporada de You, mostram que não só é importante incluir pessoas trans nas produções culturais, como também é legal colocá-las interpretando papéis diversos, não necessariamente falando sobre transexualidade. “Uma pessoa trans é uma pessoa, meu Deus! Ela está ali, está estudando, trabalhando, fazendo vídeo no YouTube, casando ou o que mais ela quiser. É muito legal quando a gente vê marcas como Netflix colocando pessoas trans em suas produções não somente interpretando pessoas trans”, declarou Mandy Candy.
“É muito importante ter uma visão positiva do trans, de uma pessoa f*da e que inspira. Contar a história triste dos transexuais é válido, porque muitas vezes a gente se identifica com isso, mas ser trans não é sinônimo de sofrimento. Ser trans também é legal”, completou Jonas.