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Escoliose idiopática do adolescente: o que é, causas, sintomas, tratamento

Bia Saramago, da Galera CH, descobriu aos 13 anos que tinha escoliose e fala sobre a importância do diagnóstico para iniciar o tratamento correto

Por Blog da Galera 20 ago 2021, 14h30
Foto e nome de Beatriz Saramago
Barbara Marcantonio/CAPRICHO

A escoliose não consiste em uma doença, mas em uma alteração para alguns dos lados da curvatura natural da coluna vertebral, determinada pela rotação das vértebras. Quando a pessoa tem escoliose, a coluna acaba fazendo uma curva para um dos lados, em forma de “C” ou “S”.

QUAIS SÃO AS CAUSAS

Na escoliose idiopática do adolescente, as causas não podem ser devidamente identificadas, podendo apresentar relação com fatores genéticos e hereditários, embora não seja completamente entendida em 80% dos casos. Idiopática quer justamente dizer que a origem ainda não foi esclarecida.

Foto de uma mulher loira de costas, com um roupão de hospital aberto, mostrando a coluna desalinhada
Alona Siniehina/Getty Images

Ela ocorre mais comumente em meninas no período da puberdade, estando associada ao estirão do crescimento que acontece nesse período que antecede a primeira menstruação (chamada menarca). Fatores externos também podem piorar o quadro, como má postura ao usar o celular e o computador.

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É muito importante identificarmos a alteração o quanto antes, porque possibilita e otimiza (e muito!) o tratamento. O tempo vale ouro e informações sobre tratamentos também. O principal objetivo é interromper a progressão “da curva” da coluna, pensando cada caso individualmente.

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EXISTE ALGUM SINTOMA?

Os sintomas são, em sua maioria, físicos, como por exemplo:

  • cintura aparentemente desigual;
  • altura dos ombros ou quadris assimétrica;
  • uma perna pode parecer menor/maior que a outra;
  • corpo inclinado para um lado.
  • dores musculares, especialmente na coluna e na nuca;
  • dores de cabeça frequentes.

DIAGNÓSTICOS E TRATAMENTOS

O diagnóstico dos desvios da coluna baseia-se no exame clínico e, posteriormente, raio-x para se medir o grau da(a) curvatura(s), assim buscando o melhor tratamento. Ele pode variar desde o uso de coletes, exercícios com fisioterapeuta especializada (são ainda poucos no Brasil) e até cirurgias de correção, em casos extremamente pontuais.

Ilustração de uma mulher de costas. No lugar da coluna com escoliose, os dizeres:
amberambar_/Reprodução

A escoliose idiopática do adolescente apresenta fatores como o estético e implicações de saúde quando não tratada da maneira acertada. Uma coisa é certa: quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento correto, maiores serão as possibilidades de evitar a cirurgia, conquistar o alinhamento corporal e promover saúde.

O Teste de Adams é um recurso útil no diagnóstico da escoliose para ser feito em casa, podendo ser empregado facilmente na triagem de crianças e adolescentes. O avaliador solicita que a criança incline o tronco para frente com as mãos unidas, pés juntos e joelhos esticados. O teste é considerado positivo quando são observadas assimetrias. E, caso sejam percebidas, o ideal é agendar uma consulta com um ortopedista ou fisioterapeuta habilitado.

Veja como ela funciona abaixo:

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QUALIDADE DE VIDA

Quando eu tinha 13 anos, não tinha acesso a essas informações. Numa viagem em família, minha mãe percebeu “um desvio na minha postura”. Na volta, procuramos um profissional que fez o teste e ele deu “positivo” para escoliose. Mesmo recorrendo rapidamente a profissionais, a busca por um habilitado para o tratamento não cirúrgico não foi tão fácil; e o tempo para encontrá-lo quase comprometeu os resultados e me colocou em risco!

Contudo, hoje, três anos depois do susto, comemoro minha saúde e minha alta do uso do colete. Continuo com a minha superfisioterapeuta e fazendo exercícios diários, dançando e realizando tudo que amo na vida. Sou muito grata!

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Não foi fácil, nem tão rápido assim, mas foi possível! A escoliose me ensinou sobre tempo, paciência, resiliência, dedicação, vitória e gratidão. Se cuida, tá?

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