Continua após publicidade
Continua após publicidade

Ricardo Salles, ministro “da morte ambiente”, pede demissão do cargo

Cai Ricardo Salles, até então ministro do Meio Ambiente; Bolsonaro já assinou exoneração

Por Isabella Otto Atualizado em 23 jun 2021, 18h15 - Publicado em 23 jun 2021, 17h47

Segundo nota publicada no Diário Oficial da União, Ricardo Salles, o até então ministro do Meio Ambiente, foi exonerado do cargo por Jair Bolsonaro. O antigo advogado da bancada ruralista teria pedido demissão do cargo. No lugar, entra Joaquim Alvaro Pereira Leite, antigo Secretário da Amazônia.

Publicidade
Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, discursando virtualmente no Climate Global Summit, nesta quinta-feira, 22
Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, discursando virtualmente no Climate Global Summit Andressa Anholete/Getty Images

Atualmente, Ricardo Salles estava sendo investigado a pedido da Procuradoria Geral da República por ter possivelmente atrapalhado averiguações sobre uma apreensão ilegal de madeira, a qual Salles havia dito inclusive que não era ilegal. O ex-ministro nega ter cometido irregularidades.

Publicidade

O governo de Salles fica marcado pelo desserviço ao meio ambiente, tendo sido ele apelidado na internet de “ministro da morte ambiente”. Dentre as várias declarações polêmicas que deu, ganhou destaque aquela que rolou em abril de 2020, no início da pandemia de coronavírus no Brasil, quando o até então ministro sugeriu que a COVID-19 fosse usada como cortina para “ir passando a boiada”, ou seja, aprovando ações que poderiam ganhar os noticiários por serem justamente questionáveis, como a PEC 243, cujo intuito é legalizar garimpos e liberar mineração em terras indígenas.

Publicidade
Continua após a publicidade

 

Com o nome envolvido também nas queimadas na Amazônia e no Pantanal, as maiores dos últimos tempos, Salles emitiu uma série de posicionamentos mentirosos sobre a questão, incriminando ONGs sem provas e politizando a natureza, com falas como: “O meio ambiente é um assunto de todos. A esquerda quer preservá-lo a custo do congelamento. A direita tem um visão de mercado, quer levar um desenvolvimento econômico [para a Amazônia]“.

Publicidade
Publicidade

Publicidade