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Professor de História usa roupa da Ku Klux Klan na escola e gera revolta

Pessoas próximas a ele garantem que a ideia era fazer um "trabalho de denúncia de racismo"

Por Isabella Otto Atualizado em 22 dez 2021, 09h19 - Publicado em 22 dez 2021, 09h15

Acaba de vir à tona um caso que aconteceu no dia 8 de dezembro, durante a Semana Temática e da Olimpíada da Escola Estadual Amaral Wagner, em Santo André, no ABC paulista. Na ocasião, professores e alunos do 3ª ano puderem ir para a o colégio fantasiados, para participarem do desfile comemorativo. Eis que um professor decidiu ir vestido como um membro da Ku Klux Klan.

Imagem de um homem vestido com as características roupas da Ku Klux Klan. Elas são brancas e tem um chapéu pontudo que cobre todo o rosto
O professor quando apareceu na quadra Twitter/Reprodução

Obviamente, ele recebeu vaias quando surgiu na quadra e as imagens por alguns estudantes gravadas viralizaram nas redes sociais. Ele foi obrigado a tirar a fantasia e prestou pronto esclarecimento à diretoria. O docente foi afastado do cargo pela Secretaria da Educação, pelo menos, até o fim da apuração preliminar. O professor reconheceu o erro e pediu desculpa.

 

A Ku Klux Klan é uma organização terrorista que foi criada nos EUA por ex-soldados que lutaram na Guerra Civil Americana. O único propósito era perseguir e eliminar afro-americanos, defensores dos direitos humanos e pessoas que, na visão dos terroristas, defendiam os negros. Eles incendiavam casas, promoviam enforcamentos e espancamentos, perseguiam, torturavam e matavam pessoas pautados na ideologia da supremacia racial. Nos anos 20, a KKK chegou a ter mais de 4 milhões de membros. A organização existe até hoje, bastante enfraquecida, é verdade, mas ainda existe.

+: “Fantasias” que não são (mais) admissíveis serem usadas 

Nas redes, a revolta ao caso corre solta – e com razão:

Algumas pessoas nas redes, que afirmam conhecer o tal professor, garantem que ele abomina o racismo e que, na realidade, estava fazendo um “trabalho de denúncia”. “Como é muito comum em nossos tempos, o professor está sofrendo um linchamento virtual pesado, já teve seus dados pessoais publicados por aí, recebeu ameaças nada virtuais de movimentos antirracistas e teve que fugir de casa com a esposa. Ele está hospedado na casa de um colega e já foi afastado do emprego. Ele está arrasado com tudo isto e eu gostaria de pedir aos amigos aqui da TL que, pelo menos, não dessem continuidade ao linchamento; se possível, que procurem esclarecer caso vejam alguém dando corda a esta violência. Se acharem que é o caso, compartilhem esta mensagem com quem quiserem”, escreveu o homem abaixo, que é casado com a sobrinha do historiador.

 

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