Novo plástico, feito de DNA, é mais fácil de reciclar e biodegradável
O material foi desenvolvido por um grupo de pesquisadores da Universidade de Tianjin, na China
O plástico está presente em uma grande quantidade de produtos que consumimos no nosso dia a dia, principalmente em itens descartáveis como embalagens, sacos e garrafas. Assim, a maior parte do lixo doméstico é composto de plástico, entretanto, apenas uma pequena porcentagem é reciclada. Em 2016, por exemplo, o Brasil produziu 5,8 milhões de toneladas de produtos plásticos, mas apenas 9% desses materiais foram reciclados. Além disso, o plástico tradicional é produzido a partir de petroquímicos não renováveis, envolvendo produtos químicos tóxicos para se produzido e levando centenas de anos para se degradar. Pensando no impacto para o meio ambiente, plásticos alternativos estão sendo desenvolvidos, incluindo um feito de DNA.
Desenvolvido na China, o material é composto pela ligação covalente de pequenos fios de DNA a um produto químico com base de óleo vegetal, criando um material similar a um gel, que pode ser colocado em moldes e solidificado através de um processo que extrai sua umidade. O novo plástico foi resultado do trabalho de Dayong Yang e seus colegas, da Universidade Tianjin.
Outra vantagem do material é que a disponibilidade da matéria-prima, já que na Terra existem 50 bilhões de toneladas de DNA, entre elas fontes renováveis como resíduos de culturas e bactérias. O grupo usou o material para criar uma caneca e alguns outros itens, que em seguida foram mergulhados na água para voltaram a forma de gel e poderem ser remodelados.
Por ter um processo diferente, o material emite 97% menos dióxido de carbono em sua produção do que alguns derivados da indústria petroquímica. Além disso, Yang explica que ele pode ser degradado usando enzimas que digerem DNA.