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Mulher admite ter atropelado jovens pois “um era negro e a outra latina”

Nicole Poole Franklin foi condenada a 25 anos de prisão pelos crimes de ódio cometidos

Por Isabella Otto 20 ago 2021, 15h41

Uma norte-americana chamada Nicole Poole Franklin, de 43 anos, confessou em abril deste ano ter atropelado duas crianças, em dezembro de 2019, por questões raciais. A primeira vítima foi um menino negro de 12 anos e a segunda, uma garota mexicana de 14. Durante a 1ª audiência no Tribunal de Justiça, Franklin admitiu que foi para cima dos jovens porque “um era negro e a outra era latina”.

Mulher branca tira foto para a polícia sorrindo após atropelar dois jovens, um negro e uma mexicana; mulher é loira, está sem maquiagem e tem uma pinta do lado esquerdo da cabeça
Em mug shot, Nicole Poole Franklin aparece sorrindo Clive Police Departament/Reprodução

Ainda de acordo com o Des Moines Police Department, a mulher teria gritado ofensas racistas para um homem que trabalha em um posto de gasolina na região onde a americana mora, ao Sul de Iowa. Durante a 1ª audiência, Poole “fez uma série de declarações depreciativas sobre os latinos”, segundo relatório policial.

A norte-americana está sendo acusada de dois crimes de violação da Lei de Crimes de Ódio dos Estados Unidos, além de responder por tentativa de homicídio. A defesa de Franklin alega que a mulher branca sofre de estresse pós-traumático, mas não deu mais informações, e esquizofrenia.

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No último dia 19 de agosto, a sentença dela saiu: 25 anos de prisão por crimes de ódio cometidos intencionalmente. Nos EUA, de acordo com levantamento divulgado pelo FBI em 2018, os crimes de ódio motivados por preconceito contra raça, etnia ou ascendência somam 59,6% do total dos casos registrados. Negros e judeus são as principais vitimas, mas no último ano foi registrado um aumento de crimes de ódio contra asiáticos, por causa da pandemia de coronavírus. Na última terça-feira, 20, o ex-policial Derek Chauvin, de 45 anos, foi condenado pela morte de George Floyd. O crime aconteceu em maio de 2020, em Mineápolis, e também teve raízes racistas. O homicida foi condenado por homicídio culposo, negligência ao assumir o risco consciente de causar a morte de Floyd e causar a morte, sem intenção, através de um ato perigoso, sem consideração pela vida humana.

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