Governo Bolsonaro rejeita ajuda de US$ 20 milhões para Amazônia
Jair Bolsonaro afirmou que aceitará ajuda se Macron, presidente francês, se desculpar. Entenda!
Na segunda-feira, 26, o G7, grupo de países mais ricos do mundo, desbloqueou US$ 20 milhões, equivalente a quase R$ 90 milhões, para combater os incêndios florestais da Amazônia – que já acontecem há 20 dias seguidos. No mesmo dia, entretanto, o governo brasileiro anunciou que irá rejeitar a ajuda.
A oferta veio do presidente da França, Emmanuel Macron, com quem Jair Bolsonaro vem discutindo nos últimos dias. Tudo começou quando o presidente do Brasil reagiu com risadas a um comentário de um seguidor que publicou imagens de chefes de Estado com suas primeiras-damas, dando a entender que o presidente da França teria inveja de Bolsonaro porque o francês tem uma esposa mais velha que ele, enquanto a primeira-dama brasileira é anos mais nova que o marido. “Não humilha, cara”, respondeu Jair Bolsonaro no Facebook, dando risadas.
Em resposta, o presidente francês disse que as palavras de Bolsonaro sobre Brigitte Macron foram extremamente desrespeitosas. “Penso que as mulheres brasileiras sentem vergonha ao ler isso, vindo de seu presidente, além das pessoas que esperam que ele represente bem seu país“, afirmou Macron.
Após o comentário ofensivo de Jair Bolsonaro, mulheres brasileiras se uniram em um movimento na internet para levantar a hashtag #DesculpaBrigitte em nome do Brasil. Segundo o jornal francês Le Parisien, a primeira-dama ficou emocionada com a iniciativa.
Em uma conversa com a imprensa, o presidente encerrou a entrevista após dois minutos por conta de perguntas sobre um possível pedido de desculpas dele à primeira-dama francesa. Mais tarde, o político fez críticas ao jornalismo depois de ser questionado novamente sobre um pedido de desculpas da parte dele. “Se continuar pergunta desse padrão vai acabar a entrevista. Meu comentário era para não insistir nesse tipo de postagem. Realmente, o jornalismo, vocês não merecem consideração”, afirmou.
Já em relação às queimadas na Amazônia, Jair Bolsonaro disse que pode pensar em aceitar a ajuda se Emmanuel Macron pedir desculpas a ele. “Primeiramente, o seu Macron tem que retirar os insultos que fez a minha pessoa. Ele me chamou de mentiroso. E, depois, informaram, que a nossa soberania está em aberto na Amazônia. Para conversar ou aceitar qualquer coisa da França, que seja das melhores intenções possíveis, ele vai ter que retirar essas palavras e daí a gente pode conversar”, disse.
E a Amazônia segue em chamas.