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Astrônomos registram hora exata em que estrela é engolida por buraco negro

"A ideia de um buraco negro sugando uma estrela próxima parece ficção científica, mas isso acontece"; confira o vídeo!

Por Gabriela Junqueira Atualizado em 30 out 2024, 23h23 - Publicado em 15 out 2020, 15h01
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Divulgação/CAPRICHO

Um grupo de astrônomos conseguiu observar uma momento surpreendente: o instante em que uma estrela foi engolida por um buraco negro! O fenômeno registrado através do Observatório Europeu do Sul, em Garching, na Alemanha, ocorreu ~apenas~ a 215 milhões de anos luz da Terra – a menor distância que o evento já aconteceu e se tem conhecimento. A pesquisa sobre o fenômeno foi publicada na última segunda-feira, 12, pelo Monthly Notices da Royal Astronomical Society, no Reino Unido.

European Southern Observatory (ESO)/Reprodução

A estrela, que possuía uma massa semelhante a do nosso Sol, estava muito próxima do buraco negro supermassivo, com massa um milhão de vezes maior, e passou por um processo conhecido como “espaguetificação“.

O termo tem mesmo a ver com espaguete, você não se enganou! Por causa do campo gravitacional do buraco e do evento de ruptura de maré – um efeito secundário da gravidade -, os objetos que estão próximos sofrem um alongamento vertical e são comprimidos, “desfazendo a estrela em finas correntes de matéria“, explica  Thomas Wevers, um dos autores do estudo.

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Depois que os finos fluxos de material da estrela caem no buraco negro, é possível ver a energia sendo liberada. “Descobrimos que, quando um buraco negro devora uma estrela, pode lançar uma poderosa explosão de material para o exterior, que obstrui nossa visão”, disse Samantha Oates, da Universidade de Birmingham. Apesar da nuvem de poeira, foi possível registrar o episódio com exatidão. 

Para entender melhor como o fenômeno acontece, o Observatório Europeu do Sul criou uma animação:

A ideia de um buraco negro sugando uma estrela próxima parece ficção científica, mas isso é exatamente o que acontece em um evento de perturbação da maré”, explicou outro autor do estudo, Matt Nichol,  pesquisador da Royal Astronomical Society, na Universidade de Birmingham.

Incrível, não?!

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