Continua após publicidade

199 pacotes com “sementes misteriosas” foram enviados ao Brasil. Entenda

Os pacotes foram recebidos em 23 estados, segundo o Ministério da Agricultura

Por Gabriela Junqueira Atualizado em 5 out 2020, 20h02 - Publicado em 5 out 2020, 18h46

Na última semana, alguns brasileiros começaram a receber pacotes com “sementes misteriosas” enviadas pelos Correios e que teriam vindo da China. Segundo um levantamento realizado pelo Ministério da Agricultura na sexta-feira (2/10), 199 pacotes haviam sido recebidos em 23 estados. Isso também aconteceu no Reino Unido, Alemanha, França, Polônia, Austrália, Índia, Estados Unidos e em outros países.

Seapa/Divulgação

A situação causou curiosidade em quem recebeu o pacote (e com razão!) e imagens chegaram a ser compartilhadas nas redes sociais por um jovem de Santa Catarina, fazendo com que outros moradores do estado que também receberam “a encomenda” se manifestassem. Para o departamento de Agricultura dos Estados Unidos, as sementes estão relacionadas a uma fraude conhecida como “brushing”.

Essa prática acontece principalmente em marketplaces onlines, plataformas em que várias lojas virtuais podem oferecer seus produtos, e consiste no envio de encomendas não solicitadas com o objetivo de registrar compras falsas e, assim, golpistas fazerem avaliações positivas em seus próprios negócios. As sementes estariam sendo escolhidas por serem leves e baratas para envio.

Continua após a publicidade

Para Osama El-Lissy, diretor de departamento de Agricultura dos Estados Unidos, 300 tipos de semente foram apontadas, incluindo de plantas ornamentais, ervas daninhas, vegetais e frutas, de acordo com o Fantástico. A Embaixada da China no Brasil se pronunciou na última quinta-feira (1), afirmou que os pacotes apresentam indícios de fraudes e que “está disposta a cooperar com a investigação das autoridades”.

As sementes não devem ser jogadas no lixo, plantadas, ou retiradas do pacote pelos riscos da introdução de uma espécie exótica no país ou até uma praga, de acordo com o Ministério da Agricultura, que orientou que elas fossem entregues em uma das unidades estaduais da pasta.

Publicidade