Marca é acusada de racismo em anúncio de creme que clareia a pele

A propaganda de TV, que circulou em países africanos, mostrava a pele negra ficando mais clara após o uso do produto

Por Beatriz Arruda Atualizado em 31 out 2024, 21h12 - Publicado em 20 out 2017, 18h46

Neste mês, a Dove foi acusada de racismo por conta de um comercial de sabonete que mostrava uma mulher negra se “transformando” em uma mulher branca. Agora, a marca de cosméticos Nivea também se envolveu em uma polêmica e está sofrendo a mesma acusação após a circulação, em alguns países africanos, da propaganda de um creme que clareia a pele.

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A propaganda do hidratante que clareia a pele foi alvo de muitas críticas Nivea/Reprodução

O anúncio em questão é do hidratante Natural Fairness. Nos outdoors, a propaganda mostrava uma foto da ex-miss Nigéria Omowunmi Akinnifesi com o slogan “For visibly fairer skin” (algo como “para uma pele visivelmente mais clara”). Já na televisão, o comercial exibia a modelo com a pele bem mais clara após a aplicação do creme. 

Produtos desse tipo existem há muito tempo. Só que a propaganda não agradou a galera. Uma usuária do Twitter afirmou que o caso da Nivea não é isolado e que muitas marcas fazem esse tipo de anúncio nos países africanos e asiáticos. Terminou dizendo que a situação é repugnante.

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Uma das pessoas que também criticou a marca foi Munroe Bergdorf, modelo negra e ativista trans. Em um post no Instagram, ela afirmou que a Nivea estava “perpetuando a ideia de que a pele clara é mais bonita” e que “ganhar dinheiro com algo que faz as pessoas se odiarem não é aceitável”. No fim, ela disse que “toda pele negra é linda, sem nenhuma exceção”.

https://www.instagram.com/p/BaYxGenHrEY/

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Em resposta, a Beiersdorf, grupo do qual a Nivea faz parte, disse que reconhecia as preocupações levantadas pelos consumidores e afirmou que a intenção não era ofender ninguém.

E aí, o que achou da polêmica?

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