Fast-fashion vende colar com suástica e é criticada por consumidores
Internautas se mobilizaram para cobrar a retirada do produto do ar
A marca de fast-fashion Shein foi duramente criticada por seus consumidores por vender um colar com um pingente de suástica. O acessório trazia a suástica budista, que tem formato bastante similar ao símbolo do nazismo, movimento que se apropriou do ícone sagrado para várias religiões e o transformou em uma sinal de ódio. Após a revolta dos internautas, a empresa emitiu um pedido de desculpas e retirou o produto do ar.
No Twitter, muitos usuários criticaram a escolha da marca:
“Eu já comprei coisas na Shein várias vezes antes de descobrir a verdade por trás das práticas extremamente anti-éticas deles como fast-fashion. Após ver isso, eu estou chocada. Não existe desculpa para não se educar sobre a companhia que vocês estão comprando”, disse uma.
I have purchased things from Shein multiple times before learning the truth behind the extremely unethical practices of fast fashion. After seeing this, I’m appalled. There is no excuse to not educate yourself on the companies you buy from. Spread the word pic.twitter.com/CT08BDsPPE
— Keeks (@Kiaraaaa2) July 9, 2020
“Para todos vocês defendendo a Shein, sim, o símbolo tem muitos significados, mas qual é a primeira coisa que te vem à cabeça?”, questionou outro.
to y’all defending @SHEIN_official
yes the symbol has many meanings, but what’s the FIRST thing that comes to mind… https://t.co/kO8d3jiI3D
— goblin girl (@sarahmhawkinson) July 9, 2020
Em um comunicado emitido para a Teen Vogue, a marca reforçou que o acessório não se tratava do símbolo nazista. “A Shein não está vendendo a suástica nazista, o colar é uma suástica budista, que simboliza há mais de mil anos espiritualidade e boa sorte”, começa a resposta da empresa. “Apesar disso, por entender que os dois símbolos podem ser confundidos, e, principalmente, por um deles ser extremamente ofensivo, nós removemos o produto do nosso site”.
“Como uma marca global multicultural, nós gostaríamos de nos desculpar profundamente com aqueles se sentiram ofendidos. Somos sensíveis à assuntos como esse e queremos ser muito claros de que não apoiamos de nenhuma maneira o preconceito racial, cultural e religioso”, completava o documento.
O acessório, que no site estava descrito como “colar com pingente de suástica”, estava à venda por US$ 2,50, cerca de R$ 13. Vale dizer que no início da semana, a empresa enfrentou uma outra acusação de preconceito religioso por vender tapetes de reza muçulmanos como itens decorativos.