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O coreógrafo Navinci fala sobre representatividade LGBTQ+ dentro do k-pop

"Na dança, ninguém tem interesse em saber se você é gay ou lésbica"

Por Gustavo Balducci Atualizado em 20 jul 2019, 10h00 - Publicado em 20 jul 2019, 10h00

O coreógrafo sul-coreano Navinci promove sua primeira turnê, a NAVINCI N Diary, pelo Brasil no próximo mês! Com workshops de dança, fansigns, fanmeeting, o dançarino passará por Recife no dia 17 de agosto, Belo Horizonte nos dias 18 e 19, por Curitiba nos dias 21 e 22 e por São Paulo entre os dias 24 e 25. A CAPRICHO bateu um papo com o muso sobre sua vivência na dança, seus gostos pessoais e até sobre representatividade LGBTQ+ na Coreia do Sul.

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O coreógrafo Navinci vem ao Brasil em agosto Foto/Divulgação

CH: Como a dança mudou a sua vida e o que ela representa para você?

NAVINCI: A dança nunca me traiu. É algo que sempre está tão próximo de mim e que me tira da cama. Isso sempre ficou bem claro para mim e sou agradecido por ela me fazer outra pessoa!

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CH: Nas redes sociais, nós percebemos que você acompanha o reality Rupaul’s Drag Race. Qual é a sua drag favorita de todas as edições?

NAVINCI: Obviamente Rupaul é a melhor, mas Kim Chi também é uma das minhas drags favoritas – e não é só porque ela também é coreana! Ela tem sua própria cor e consegue criar a suas próprias tendências. Acredito que todo artista precisa ter essa capacidade de se autoafirmar como uma marca única e feita à sua maneira. Kim Chi tem isso.

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Beige don’t age Hair: @wigsandgrace Shadows: @hudabeauty Amethyst obsessions palette Lipstick: @sugarpill/ glitter on lip: @missfamebeauty Foundation: @dermablendpro Skincare: @patchology

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CH: Qual é a música pop que não pode faltar na sua playlist?

NAVINCI: Fu**in Perfect, da cantora P!NK. Essa música me dá muita força.

**O coreógrafo adora a diva e até já fez uma performance para o hit Slut Like You. Olha que tudo!**

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CH: Como funciona o seu processo criativo na hora de preparar uma nova coreografia?

NAVINCI: Primeiro eu crio um enredo, encontro uma música que se encaixe nesta história e no clima que gostaria de passar. Então continuo imaginando uma cena específica e vou adicionando um cheiro, uma cor ou uma textura. Eu fico pensando nisso e depois tento expressá-lo através da dança. Ainda levo um tempo ouvindo a música e recriando todas essas cenas, mas depois começo a construir minha própria coreografia.

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CH: Escolha um livro, um disco ou um filme para indicar aos nossos leitores.

NAVINCI: Oh! Nos últimos dias eu ouvi muitas faixas do músico Clovd. É tão sexy, recomendo você ouvir agora!

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CH: Sobre a causa LGBTQ+ na Coreia do Sul, como você enxerga a representatividade dentro da cultura e do entretenimento sul-coreano? Existem bons exemplos? Falta representatividade? O que poderia melhorar?

NAVINCI: Eu acredito que a causa LGBTQ+ vem sendo discutida com mais frequência na Coreia. Na dança, ninguém tem interesse em saber se você é gay ou lésbica. Mas, ainda assim, acho que o tema precisa ser educado um pouco mais por aqui. O amor não acontece apenas entre homem e mulher. É algo muito vasto e todos têm o direito de amar alguém verdadeiramente.

CH: Para encerrar, se você pudesse deixar um recado para o Navinci do passado, qual seria?

NAVINCI: Não tenha medo. Como eu ainda consigo me recordar do passado e cuidar de mim mesmo, no futuro eu faria o mesmo. Então meu recado é: não se preocupe com nada!

A turnê do Navinci pelas quatro capitais é organizada pelo Kpop Kingdom e você pode garantir o seu passaporte aqui para conhecê-lo e ainda se aventurar no mundo do k-dance!

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