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E Se Fosse a Gente?: Autores revelam história que inspirou livro

Becky Albertalli e Adam Silveira contaram um pouco sobre o processo criativo de seu novo livro

Por Gabriela Zocchi Atualizado em 19 set 2019, 18h16 - Publicado em 19 set 2019, 18h09

Se você é fã de histórias de amor fofinhas e reais, precisa ler E Se Fosse a Gente?, o novo livro de Becky Albertalli e Adam Silvera. Os autores de Simon Vs. a Agenda Homosapiens Lembra Aquela Vez decidiram unir forças em uma nova obra, lançada há alguns meses aqui no Brasil pela editora Intrínseca.

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Capa de ‘E Se Fosse a Gente?’ Intrínseca/Divulgação

No livro, eles contam a história de Ben e Arthur, dois garotos que se encontram ao acaso em uma agência de correios em Nova York. Embora sejam de realidades distintas e só tenham se visto uma única vez, eles não conseguem tirar o outro da cabeça e terão que contar com uma ajudinha do universo se quiserem fazer o amor dar certo.

Os direitos da história já foram adquiridos pela Anonymous Content, mesma produtora responsável por conteúdos como as séries 13 Reasons Why e The OA, o que significa que no futuro poderemos ver a trama nas telas também. A CAPRICHO conversou com Becky e Adam para descobrir mais sobre o processo criativo do livro e o que vem por aí!

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Happy birthday to this utter gift from the universe. Do not throw away your wish, @adamsilvera. 🎂

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CH: Como foi a dinâmica de escrever um livro juntos?

BECKY: E Se Fosse A Gente? foi tão divertido de escrever! Nenhum de nós tinha co-escrito um livro antes, então pudemos ir fazendo experiências durante o processo e descobrindo o que funcionava para a gente. No fim, acabamos colaborando de capítulo a capítulo detalhadamente, mas fizemos rascunhos de cada capítulo antes por conta própria. O Adam escreveu o ponto de vista do Ben e eu o do Arthur.

CH: Como vocês se conheceram?

BECKY: A primeira vez que nos falamos foi por email, em 2013. Nós tínhamos o mesmo agente literário, e ele vendeu nossos livros de estreia (Simon Vs. a Agenda Homo Sapiens e Lembra Aquela Vez) na mesma semana. Nós lemos os livros um do outro no Natal, e imediatamente nos tornamos nossos maiores fãs. Mas só fomos nos conhecer pessoalmente mesmo em abril de 2014.

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CH: De onde veio a ideia de contar uma história sobre um casal improvável como Ben e Arthur? Vocês já passaram por alguma situação parecida, de conhecer alguém na rua e tentar encontrar a pessoa de outra forma depois?

BECKY: A história foi levemente inspirada em um momento real que eu vivenciei anos atrás, embora o momento tenha sido bem menos romântico. Eu estava no começo dos meus 20 anos e coloquei um anúncio na categoria de “conexões perdidas” no site Craigslist em busca de um menino bonitinho que eu tinha visto em uma cafeteria. Eu recebi algumas respostas bem interessantes, mas nenhuma foi do cara que eu estava procurando. E uma delas foi absurdamente inapropriada! (risos)

ADAM: No momento em que a Becky me contou essa história, eu vi o potencial de uma trama ali, e fiquei tão feliz quando ela concordou em escrever esse livro comigo. Levando em consideração que ambos estávamos lançando nossas carreiras com histórias sobre garotos que eram gays, naturalmente nos vimos conversando sobre Arthur e Ben como se eles fossem pessoas de verdade.

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🧡 HI WE HAVE A BOOK OUT TODAY AND IT’S CALLED WHAT IF IT’S US AND YOU SHOULD BUY/BORROW A COPY!!!! 🧡 THANKS FOR ALL YOUR SUPPORT, FRIENDS!!!! #whatifitsus

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CH: Ben e Arthur têm vários primeiros encontros. Qual seria o primeiro date perfeito para vocês?

BECKY: Eu amo feiras e parques de diversões. Aliás, me casei em um! Meu date perfeito em Nova York com certeza seria uma viagem ao parque Coney Island, que foi o que o Arthur sugeriu em E Se Fosse a Gente?. Se bem que, pensando bem, Coney Island seria um primeiro encontro bem intenso, então foi esperto da parte dele repassar essa decisão para Ben.

ADAM: Eu sugeri um primeiro encontro em Coney Island uma vez. (risos) Na verdade, foi meio triste, porque eu e o cara não tínhamos muita química, mas eu gostava dele, então imaginava que se a gente passasse bastante tempo junto a magia aconteceria. Atualmente, o meu primeiro encontro perfeito seria sair para dar uma longa caminhada em algum lugar interessante, antes de sentar em outro ponto para comer e relaxar. Nenhum desses lugares precisaria ser ótimo, mas deveriam ter uma vibe diferente e única.

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Somos completamente apaixonados pelo universo de Becky Albertalli! 💖🌈 Em parceria com Adam Silvera, "E se fosse a gente?" é uma apaixonante história de dois garotos que, ao se conhecerem em uma agência dos correios, sentem como se tivessem recebido um sinal do universo. Mas será que o destino está realmente a favor deles? Becky Albertalli também é a autora de outras grandes histórias de amor: "Com amor, Simon", "Leah fora de sintonia" e "Os 27 crushes de Molly". Através de seus livros, ela nos ensina valiosas lições sobre amadurecimento, aceitação e coragem, trazendo aquele quentinho no coração quando mais precisamos. 💖⠀ Qual é o seu favorito? #BeckyAlbertalli #AdamSilvera #ESeFosseAGente #comamorsimon #leahforadesintonia #os27crushesdemolly #livros

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CH: Como chegaram a um acordo sobre o final do livro? Ambos tinham a mesma ideia sobre como a história deveria ser encerrada?

BECKY: Muitos dos leitores ficam surpresos ao descobrir que nós dois sempre concordamos em relação ao final, embora nossa visão inicial para ele fosse muito diferente do que acabou sendo. Nós brincamos com diferentes possibilidades, e nossos editores nos desafiaram a cavar mais fundo. Os leitores reagiram de forma bem forte sobre esse final! Alguns amaram, outros nos mandaram mensagens cheias de raiva. Para ser sincera, a maioria das mensagens raivosas chegaram para mim e não para o Adam, o que costuma acontecer quando outros pares de autores formados por uma mulher e um homem co-escrevem alguma coisa. Interessantemente, uma notada minoria dos leitores interpretou o epílogo de forma diferente da nossa. Mas não posso dar mais detalhes para não dar spoilers.

ADAM: Eu também não quero falar muito sobre o final para evitar spoilers, mas é chocante a frequência com que a Becky recebe essas mensagens raivosas. Para cada 20 mensagens tristes que ela recebe, eu ganho uma. Nós encorajamos a paixão, com certeza, e embora autores não precisem necessariamente ouvir críticas negativas de seus leitores, já que é impossível agradar a todos, esse fato mostra um comportamento de que é sempre a mulher da dupla a que recebe mais críticas pelo fim de uma história na qual trabalhamos juntos.

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Headed to the Philippines for #BeckyAndAdaminPH 😊😊

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CH: E Se Fosse a Gente? vai virar um filme! Como se sentem sobre isso? Já podem adiantar algo sobre esse projeto?

BECKY: Estamos muito empolgados com essa notícia. Não podemos dividir nenhuma informação nesse momento, mas nossas equipes têm muito amor por essa história e estamos animados em ver esse processo se desdobrar.

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