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Tóquio 2020 tem 1ª mulher apitando jogo de basquete masculino da história

Nunca antes nas Olimpíadas uma juíza havia apitado uma partida masculina do esporte

Por Isabella Otto Atualizado em 30 out 2024, 17h19 - Publicado em 28 jul 2021, 11h08
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CAPRICHO/Divulgação

Os Jogos Olímpicos de Tóquio vieram para quebrar alguns paradigmas. Na madrugada desta quarta-feira, 28, a brasileira Andreia Regina Silva se tornou a primeira mulher da história da competição a apitar uma partida de basquete masculino. A disputa foi entre Estados Unidos e Irã, com vitória dos norte-americanos.

Árbitra posa em quadra de basquete nas Olimpíadas de Tóquio
Andreia Regina Silva celebra conquista em quadra onde apitou jogo de basquete em Tóquio ASE/Lance!/Divulgação

Em 100 anos de Brasil nas Olimpíadas, apenas outras duas mulheres haviam apitado jogos de basquete, apenas da categoria feminina. Em 2004, Tatiana Steigerweld deu início ao marco e, em 2008, foi a vez da brasileira Fátima da Silva continuar o legado. Neste mesmo ano, Andreia Regina Silva também apitou uma disputa do basquete feminino.

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A juíza, que nasceu em Bauru, no interior de São Paulo, virou árbitra internacional em 2020, aos 30 anos de idade. Há três anos, a FIBA (Federação Internacional de Basquete) concedeu a ela a licença black, necessária para que a pessoa apite qualquer jogo de basquete.

 

Em 2018, Andreia contou à ESPN que passou muitas dificuldades até se tornar uma árbitra de sucesso. Ela chegou a morar de favor, pois não tinha dinheiro para pagar aluguel, e apitava jogos por R$ 10. “Teve uma ocasião que saí para fazer vários jogos de basquete que não pagavam na hora e fiquei o dia todo apitando. Quando terminaram os jogos, estava faminta, mas tinha apenas R$ 5 na carteira e tive que escolher entre comer ou ir embora. Escolhi comer“, relembrou à jornalista Mayara Munhos.

Ainda hoje, é discrepante o número de homens e mulheres na arbitragem profissional, especialmente em grandes torneios. Contudo, a brasileira acredita que a (re)evolução está ocorrendo – mas o machismo ainda se faz presente: “O que me deixa mais triste é quando olho para arquibancada e vejo uma mulher me xingando. Eu penso: ‘Justo você que deveria estar lutando do meu lado'”, lamenta.

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