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Taxa atual de transmissão do coronavírus no Brasil é a maior desde maio

Aumento do número de casos está ligado à falta de testagem, de uma política central coordenada e do afrouxamento das medidas de isolamento

Por Gabriela Junqueira Atualizado em 24 nov 2020, 17h02 - Publicado em 24 nov 2020, 17h02
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CAPRICHO/Sestini/Reprodução

Um relatório feito pelo Imperial College, de Londres, no Reino Unido, mostrou que a taxa de transmissão da COVID-19 no Brasil é a maior desde maio. A pesquisa revelou ainda que o ritmo de contágio (Rt), número que representa a propagação do vírus, está em 1,30, o que significa que cada 100 pessoas contaminadas podem passar o vírus para outras 130. Vale lembrar que, considerando a margem de erro, essa taxa pode ser menor (0,86) ou até maior (1,45), representando que 100 pessoas infectariam 86 ou ainda 145.

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Quando o número da taxa de contágio é maior que 1, quer dizer que cada pessoa infectada transmite o vírus para mais de uma pessoa. A última vez que o número esteve tão alto foi no dia 17 de maio, em que o Rt atingiu 1,30. A taxa voltou a crescer após ficar abaixo de 1 durante setembro e outubro, e voltar a aumentar em novembro – o que pode ser um indício do começo de uma possível segunda onda.

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Um grupo de pesquisadores de seis universidades brasileiras alertou através de uma nota que o aumento de casos está ligado à falta de testagem, de uma política central coordenada e do afrouxamento das medidas de isolamento. “A situação no Brasil se deteriorou fortemente nas últimas duas semanas, e o início de uma segunda onda de crescimento de casos já é evidente em quase todos os estados”, diz uma Nota Técnica publicada pelos cientistas e compartilhada no G1

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