“Talvez não tenhamos uma vacina”, admite OMS sobre cura da COVID-19
Ué, como assim?! Diretor-geral da Organização Mundial da Saúde explica que vacinas, mesmo apresentando bons resultados, podem ser solução temporária apenas
A possibilidade de uma vacina contra o coronavírus é o que sustenta aquele fiozinho de esperança que ainda resta em muitas pessoas, mas a hipótese acaba fazendo com que alguns afrouxem as medidas de segurança, já menos efetivas com a flexibilização da quarentena.
Na manhã desta segunda-feira (3/8), o diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que uma vacina contra a COVID-19 pode não se tornar nunca realidade. Pelo menos, não do jeito que esperamos.
Em coletiva de imprensa realizada em Genebra, na Suíça, Tedros explicou que várias vacinas já estão na fase final de testes, mas que, na prática, elas podem ser menos efetivas do que o necessário e durar apenas alguns meses ativas dentro do organismo humano. “Há preocupação de que talvez não tenhamos uma vacina que funcione. Ou que a proteção oferecida possa durar apenas alguns meses, nada mais”, disse.
Há mais de 100 fórmulas contra o coronavírus sendo analisadas no mundo. Delas, 25 são vacinas que já estão sendo testadas em humanos, sendo que seis se encontram na fase 3, a final. No Brasil, as vacinas de Oxford e da China são dois exemplos desse cenário.
A preocupação do diretor-geral da OMS é com as consequências do fim do isolamento e da flexibilização da quarentena em muitos países, que tiveram novos surtos da doença. “O vírus combina dois fatores perigosos: se espalha rápido e, ao mesmo tempo, mata”, declarou. Esta é a primeira vez que um coronavírus causa uma pandemia global.
No final de julho, especialistas da Universidade de Oxford declararam que a vacina inglesa, produzida em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, é segura e eficaz contra o coronavírus. Entretanto, eles destacaram que ainda é preciso finalizar todos os testes para entender se ela funciona bem na maioria dos voluntários, e assim começar a produção em larga escala. “Precisamos de mais pesquisas antes de confirmarmos que a vacina protege efetivamente contra a infecção por Sars-CoV-2 e por quanto tempo dura a proteção”, explicou Andrew Pollard, cientista da universidade britânica.
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