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Mutação sofrida pelo coronavírus pode facilitar sucesso da vacina; entenda

A mutação D614G é uma das mais comuns do mundo, e pode facilitar a corrida pela cura

Por Gabriela Junqueira Atualizado em 29 jul 2020, 19h40 - Publicado em 28 jul 2020, 15h16

Um novo artigo publicado na última sexta-feira (24/7) mostrou que a vacina da farmacêutica Moderna para o coronavírus deve ter sucesso contra uma das mutações mais comuns do vírus. Conhecida como D614G, ela foi identificada em mais de 70% dos casos da Sars-Cov-2 pelo mundo.

Paul Biris/Getty Images

Essa alteração no vírus faz com que o número de spikes formados por proteínas S do coronavírus, que conectam o vírus às células humanas, aumentem. Felizmente, a mutação não deve dificultar o desenvolvimento das vacinas e deve até facilitá-lo! A maior quantidade de espinhos vai proporcionar mais espaço para os antígenos usados atuarem no combate ao vírus.

A pesquisa liderada pelo professor Drew Weissman, da Universidade da Pensilvânia, é uma pré-fase do estudo publicado no site Medrxiv.org, e ainda não foi revisado por outros profissionais. “Essa não é uma mutação de escape que impediria as vacinas atuais”, disseram os pesquisadores no artigo do The South China Morning Post.

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Para estudar os resultados de uma vacina no vírus com mutação, testes foram realizados em ratos, macacos e humanos. Primeiro, alguns deles receberam um soro com anticorpos. Depois, os cientistas usaram um vírus alterado contendo a proteína S, presente nos spikes. O estudo concluiu que o vírus teve mais dificuldade de se acoplar às células daqueles que receberam o soro com os anticorpos, o que indica que a vacina deve ter êxito também com a mutação D614G.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, 24 vacinas estão na fase clínica de testes pelo mundo. No momento, três delas estão na terceira fase: a da Moderna, a desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a AtraZeneca e a da empresa chinesa Sinovac Biontech. Nesta segunda-feira (27), a Pfizer anunciou que tende a começar os testes em breve, e eles também devem acontecer no Brasil.

#VemVacina, nós estamos prontas!

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