Que Koo é esse que todo mundo está falando? Entenda o “app relâmpago”
O aplicativo Koo foi um dos mais baixados pelos brasileiros neste ano, muito por causa da turbulenta aquisição do Twitter por Elon Musk
Sabia que o Koo App foi um dos aplicativos mais baixados no Brasil em 2022, especialmente no segundo semestre? Tudo isso por causa do ano turbulento que o Twitter teve, que culminou na oficialização da compra de Elon Musk, o novo presidente-executivo da companhia, que já promoveu uma demissão em massa e tomou atitudes polêmicas, como fazer com que os funcionários que ficaram escolhessem entre trabalhar à exaustão ou serem também demitidos.
Fora as possíveis manobras que ele deve fazer na política de proteção ao usuário, que pode transformar a rede social em (ainda mais) terra de ninguém, com uma possível maior disseminação de fake news, por exemplo.
Até o momento, tudo não passa de suposições baseadas em antigas falas do bilionário, uma vez que ele fechou negócio com o Twitter apenas em outubro. Mas essa preocupação com a plataforma, uma das favoritas dos brasileiros, fez com que houvesse uma debandada para o Koo, principalmente depois que famosos, como Felipe Neto e Fernanda Paes Lemes, criaram suas contas.
Como nasceu o Koo?
O Koo App é um microblog indiano, criado em 2020, por Radhakrishna e Mayank Bidawatk. Ele funciona de maneira semelhante ao Twitter: o usuário pode postar textos de até 500 caracteres, vídeos e enquetes. Há também uma ferramenta semelhante a dos Trending Topics e é possível curtir, comentar e compartilhar as postagens.
A principal diferença é que o Koo permite que o usuário poste em mais de um idioma de uma só vez – e isto foi justamente o que levou os indianos a criarem o aplicativo.
Na Índia, são falados muitos dialetos, e o Twitter deixava um pouco a desejar nesse sentido, porque nem sempre as publicações eram entendidas por todos, especialmente por quem não falava inglês. Com a rede social indiana, é possível postar em mais de um dialeto de uma só vez e otimizar a comunicação.
Koo x Twitter: semelhanças e diferenças
Na música, a linha entre inspiração e plágio é tênue, já nas redes sociais… Bem, a concepção do Twitter e do Koo é praticamente a mesma.
O logo de ambos é uma pássaro, sendo o do Twitter azul e o do Koo amarelo. Inclusive, a onomatopeia “Koo” significa o som que o passarinho faz.
Que sabor ver o Catar estreando na copa do Catar e tomando no Koo #QatarWorldCup2022 pic.twitter.com/ZpUyrXe0kz
— Koo 🐥 (@koobrasiI) November 20, 2022
Ambas as plataformas só permitem postagens de poucos caracteres e têm, até então, uma curadoria de assuntos do momento.
Enquanto o Twitter só permite colocar uma foto de perfil, o Koo permite que o usuário adicione até dez de uma vez, transformando a imagem de perfil em uma galera de fotos incial.
As piadas prontas
Como é possível perceber, os brasileiros nasceram mesmo para o Koo. (risos nervosos) A empresa indiana até se desdobrou de última hora ao perceber que o aplicativo estava crescendo no Brasil, facilitando a interação com atualizações no App e com a criação de um Twitter da Koo para o BR.
E os memes… Ah, eles estão maravilhosos:
– de onde você tirou essa informação?
– do Koo— zyell (@thomazyell) November 18, 2022
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Ainda cabe muita gente no Koo do Felipe Neto
— Koo 🐥 (@koobrasiI) November 21, 2022
antigamente xingávamos muito no twitter.
agora, vamos meter o pau no koo.Continua após a publicidade— Leila Germano (@LeilaGermano) November 18, 2022
Fizeram um fake do meu koo. Eu tenho direito de ser responsável pelo meu próprio koo. Ngn vai cuidar tão bem do meu koo qto eu. Free meu koo
— Tata werneck (@Tatawerneck) November 20, 2022
Você abrirá o koo tbm? pic.twitter.com/Xc8ROuMWjq
Continua após a publicidade— Melcksales Erickson (@melcksales) November 23, 2022
Apesar da comoção…
…muita gente já está tratando o Koo App como uma “rede social relâmpago”, que mal viralizou e já morreu – algo semelhante ao que ocorreu com outros aplicativos no Brasil, como o Clubhouse.
Parece que, por ora, mesmo com todas as polêmicas envolvendo o nome de Elon Musk, os brasileiros ainda preferem interagir no Twitter do que acompanhar os “koos” alheios.