Polícia aponta adolescente como terceiro suspeito do massacre em Suzano

Segundo a investigação, o terceiro jovem, de 17 anos, teria participado do planejamento do crime.

Por Amanda Oliveira Atualizado em 31 out 2024, 02h22 - Publicado em 15 mar 2019, 12h28

Nesta semana, um crime chocou e comoveu o país. Dois adolescentes invadiram uma escola e mataram alunos e funcionárias do colégio, que fica em Suzano (SP). Depois, teriam se suicidado. Contudo, uma investigação da polícia agora aponta que eles não agiram sozinhos ao planejar o massacre.

Escola Raul Brasil, em Suzano (SP).
Escola Raul Brasil, em Suzano (SP). Google Maps/Reprodução

De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes, um adolescente de 17 anos teria participado do planejamento do massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano. A apreensão dele já foi solicitada à Justiça para seguir investigação.

Segundo informações já coletadas pela polícia, o terceiro suspeito também é ex-aluno da escola atacada e estudava na mesma turma que Guilherme Taucci Monteiro, um dos assassinos. “A terceira pessoa é um adolescente, a apreensão dele já foi sugerida ao juiz da infância e da juventude e o material relacionado com a participação dele já está arrecadado”, afirmou o delegado.

O nome do suspeito não foi revelado, mas o dono do estacionamento em que Guilherme e Luís Henrique deixavam o carro usado no ataque, Éder Alves, afirmou que já viu um garoto “magro e alto” com os dois. O veículo ficou estacionado nesse local do dia 25 ao dia 7 de março e só os adolescentes possuíam a chave do carro.

Continua após a publicidade

Para o delegado-geral, a motivação do ataque não teria sido bullying, mas, sim, o desejo de obter reconhecimento. “Não se sentiam reconhecidos, queriam demonstrar que podiam agir como em Columbine, nos Estados Unidos, com crueldade e com um caráter trágico para que fossem mais reconhecidos do que eles”, opinou.

A investigação aponta que o objetivo dos dois era matar mais pessoas do que o massacre de Columbine, que ocorreu em 1999 nos Estados Unidos e teve 13 vítimas. Até hoje, o crime é lembrado como um dos piores ataques em escolas do mundo.

Publicidade