Papa Francisco pede que união civil entre homossexuais seja legalizada

Em posicionamento histórico, líder da Igreja Católica afirma que ninguém deve ser punido por conta de sua orientação sexual: "São filhos de Deus"

Por Isabella Otto Atualizado em 30 out 2024, 23h21 - Publicado em 21 out 2020, 15h25
colecao-roupas-capricho-marisa
Divulgação/CAPRICHO

No documentário Francesco, que estreou nesta quarta-feira, 21, em Roma, o Papa Francisco, de 83 anos, pede enfim a legalização da união civil entre pessoas do mesmo sexo, segundo a Agência de Noticias Católica. O posicionamento do 266º Papa da Igreja Católica e atual Chefe de Estado do Vaticano é um marco na História!

“O que temos que criar é uma lei de união civil. Dessa forma, elas [as pessoas da comunidade LGBTQI+] estarão legalmente cobertas”, disse Francisco, que ainda deixou claro que ninguém deve ser punido por conta de sua orientação sexual: “Os homossexuais têm o direito de fazer parte da família. Eles são filhos de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deve ser expulso ou miserável por causa disso”.

 

Os boatos que circulam dentro do Vaticano dizem que esse sempre foi o posicionamento do Bispo de Roma, contudo, anteriormente, ele teria se posicionado contra por questões envolvendo a Igreja Católica, que historicamente resiste à aceitação da homossexualidade dentro da sociedade, especialmente da Cristã, condenando-a. Com a fala do pontífice, espera-se uma revolta dos cristãos mais conservadores, mas também uma maior tolerância e o fim do “pecado da homossexualidade”.

Vale destacar que, apesar de Brasil ser o país com maior número de católicos no mundo, nos últimos 70 anos, vem sendo registrado uma transição religiosa no país, de acordo com dados do IBGE. Estima-se que, até 2022, a quantidade de católicos fique abaixo dos 50%. Em contrapartida, a parcela de evangélicos tem crescido consideravelmente. O documentário Francesco, com falas do Papa sobre questões como homossexualidade e mudanças climáticas, pode ser visto também como uma tentativa de tornar a Igreja Católica popular novamente e evitar a grande taxa de evasão de féis.

Publicidade