Pai processa escola após filha ter cabelo cortado à força por professora

Aos 7 anos, Jurnee voltou da aula sem seu lindo cabelo cacheado; pai alega discriminação racial e colégio diz que não pode se responsabilizar

Por Gabriela Junqueira Atualizado em 30 out 2024, 17h09 - Publicado em 22 set 2021, 10h36

O pai de uma menina de 7 anos está processando uma escola em Michigan, nos Estados Unidos, após o cabelo de sua filha ter sido cortado sem permissão. De acordo Jimmy Hoffmeyer, o responsável pela menor de idade, a criança sofreu discriminação racial e teve seus direitos constitucionais feridos. A ação foi movida contra a Escola Pública de Mount Pleasant na última terça-feira, 15.

Foto dos pais da menina de 7 anos que teve o cabelo cortado à força na escola. O pai usa boné e tem barba e a mão está sorridente.
À direita, os pais da pequena Jurnee. À esquerda, como ela chegou da escola Jimmy Hoffmeyer/Arquivo Pessoal/Reprodução

Segundo Jimmy, o caso ocorreu em março, quando a pequena Jurnee voltou da escola com um lado dos cabelos cortados. Na época, a menina disse que foi um colega de classe que havia feito aquilo. Então, depois do ocorrido, sua mãe a levou em um salão. Dois dias depois, a criança chegou em casa chorando, e novamente com um dos lados do cabelo cortado. Dessa vez, uma professora cortou seus fios sem sua autorização.

A criança teve crises de choro após o ocorrido e não queria mais voltar para a escola. A instituição, em um primeiro momento, disse que não poderia se responsabilizar, já que teria sido outro aluno que teria cortado o cabelo da criança, mas “disseram que falariam com os pais e tomar as ações cabíveis”, informou o pai.

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Na segunda vez, a diretora da escola disse que colocaria uma nota no histórico da professora explicando o que aconteceu, mas que “não tinha autoridade para fazer nada”. A escola abriu uma investigação, que foi encerrada em julho, e concluiu que, mesmo violando a política da escola, a funcionária não teria agido com preconceito racial.

Jimmy então tirou a criança do colégio e abriu uma ação judicial, alegando que a menina sofreu sim discriminação racial, intimidação étnica, imposição intencional de sofrimento emocional e agressão. Ele pede uma indenização de US$ 1 milhão pelo ocorrido. 

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