Continua após publicidade

7 lendas de terror por trás das superstições da sexta-feira 13

Cruzar com um gato preto dá azar, assim como passar embaixo de uma escada e quebrar um espelho. Fonte: vozes da cabeça?

Por Isabella Otto Atualizado em 30 out 2024, 17h16 - Publicado em 13 ago 2021, 10h44
de um lado, o hidratante, o perfume e a máscara facial hello stars, dispostos lado a lado. De outro, as frases: Cada estrela é única, como você. Conheça a nova linha Hello Stars. Todos os elementos estão em um fundo azul escuro com estrelas que brilham
CAPRICHO/Divulgação

A tradição da sexta-feira 13 nasceu de duas histórias: a que conta que o número está relacionado à má sorte e a sobre a data de crucificação de Jesus Cristo. “Sexta-feira foi o dia da crucificação Dele, por isso elas são vistas como um dia de penitência e abstinência”, explica Steve Roud, autor do livro New Penguin Guide To The Superstitions Of The British Isles (“Guia de Superstições da Grã-Bretanha e Irlanda”, em tradução livre). Ou seja, a data sempre foi carregada de significado.

Neste ano, contudo, a coisa fica ainda mais intensa, visto que temos apenas uma Friday the 13th no calendário, e justamente em agosto, considerado por muitos supersticiosos como o mês do azar. Mas você saberia dizer como e onde surgiram as principais crendices que têm a ver com a data mais temida, e por tantos amadas, depois do Dia das Bruxas?

Ilustração de um gato preto usando uma coroa de princesa sobre uma lua cheia avermelhada. Sobre ele, aparece o escrito
“O gato preto cruzou a estrada… Passou por debaixo da escada…” Maryli Flower/Achim Thomae/GettyImages/CAPRICHO

1. Cruzar com um gato preto

A figura do gato ganhou essa fama de mau agouro durante a Idade Média, quando começaram a associar o animal ao Diabo, por causa de seus hábitos noturnos. Durante uma época, ele chegou inclusive a ser perseguido pela Inquisição, tais como as bruxas. O decreto foi assinado no século XV, pelo Papa Inocêncio. Além disso, a cor preta é por muitos, ainda hoje, associada às trevas. Uma besteira, já que os únicos demônios em questão são aqueles que maltratam animais. Esses, sim, deveriam ser perseguidos!

2. Passar embaixo da escada

É uma questão metafórica. A escada é um símbolo de subida, de ascensão social, de crescimento. Logo, passar embaixo dela representa para os supersticiosos a renúncia de tudo isso, como se você pouco se importasse com essa representação. O costume surgiu no Antigo Egito, quando acreditava-se que a ação de passar sob uma escada dava azar, com direito a castigo dos deuses e tudo!

Continua após a publicidade

3. Quebrar um espelho

Existem muitos mitos por trás do espelho. Por exemplo, há quem diga que eles são portais para o Além. A lenda da Bloody Mary deixa isso bem à mostra… Mas acredita-se que a superstição referente ao espelho quebrado tenha surgido na Grécia, quando videntes consultavam o futuro da pessoa usando um copo ou uma tigela com água. Se o recipiente quebrasse enquanto o reflexo era analisado, significava que aquela pessoa morreria em breve. Na Roma, a crendice mudou um pouco e evoluiu para qualquer tipo de objeto que refletisse. Caso fosse quebrado, aquele alguém que o quebrou teria sete anos de azar, tempo que, segundo os romanos, durava um ciclo de vida (renovado de 7 em 7 anos).

4. Não abrir um guarda-chuva dentro de casa

A revista Reader’s Digest explica esta aqui! Em 1200 a.C., acreditava-se que o guarda-chuva (na época, considerado uma sombrinha) tinha relação com Rá, o Deus Sol. Isso porque, na maioria das vezes, ele era aberto por sacerdotes que queriam se proteger dos raios solares – nem tanto da chuva. Quando o objeto, que podia ser usado apenas pela nobreza, era aberto em ambientes fechados, Rá ficava raivoso, já que se sentia ofendido pelo ato, como se fosse um sinal de desrespeito aos seus raios. Hoje, ainda há quem diga que abrir o guarda-chuva sem estar ao ar livre pode trazer uma onda de azar gigantesca – mas talvez não faça ideia de que ela virá da fúria do Deus Sol. (risos nervosos)

5. Não deixar o chinelo de cabeça pra baixo

Dizem por aí que, se você não desvirar, sua mãe morre. A crendice nasceu no início dos 60 e tem a ver com limpeza. O calçado era usado dentro de casa para evitar que você trouxesse sujeira de fora, ao entrar em casa com o mesmo sapato que estava usando na rua, e que você sujasse seu próprio pé. Mas, ao deixar o chinelo de cabeça pra baixo, ele acabada sujando justamente a parte em que fica em contato com a pele, não adiantando de nada. Daí lançaram essa superstição pra ver se as pessoas tomavam um pouco mais de cuidado. Na dúvida, melhor desvirar, porque mãe é mãe, né?

+: 9 lendas urbanas que já te assustaram (e devem continuar te assustando)

Continua após a publicidade

6. Bater três vezes na madeira

Taí outra superstição cheia de prováveis origens. As árvores são consideradas sagradas por diversas religiões. Por atraírem raios, acreditava-se que tinham conexão direta com os deuses. Logo, bater na madeira era bater no tronco de árvores para acordar os deuses e pedir perdão a eles. Na cultura Celta, bater na madeira significava afastar maus espíritos. Tem ainda quem diga que a madeira tem relação com a cruz de Jesus, material da qual foi feita. Consequentemente, é considerada sagrada.

7. Acordar com o pé direito

Ou seja, pisar primeiro com o pé direito no chão ao levantar-se da cama. Quer dizer que você vai começar o dia bem, atraindo muita sorte. Tudo começou na Roma Antiga, quando espalharam que o lado direito simbolizava o bem e o esquerdo o mal. É por isso que, durante séculos, canhotos eram malvistos perante a sociedade. Diziam que eles tinham ligação com o Diabo e coisa do tipo. É por isso que, atualmente, ainda existe o ditado popular de que tem que começar as coisas com o pé direito!

Publicidade