Influenciadora morre após ter 90% do corpo queimado por ex-marido em live
Lamu tinha mais de 780 mil seguidores na versão chinesa do TikTok e, de acordo com a imprensa local, o autor do crime não tinha superado o divórcio
No último dia 30, uma influenciadora chamada Lamu, de 30 anos, morreu após ter 90% do corpo queimado pelo ex-marido durante uma live. O crime de feminicídio aconteceu no dia 14 de setembro, em Aba, província de Sichuan, na China. A vítima resistiu alguns dias internada no hospital, mas acabou vindo a óbito.
A criadora de conteúdo tinha mais de 780 mil seguidores no Douyin, versão chinesa do aplicativo TikTok. Ela estava fazendo uma transmissão ao vivo quando o homem invadiu sua casa, jogou gasolina nela e ateou fogo.
De acordo com o jornal Beijing Youth Daily, o assassino não teria superado o término do casamento. Lamu inclusive tinha pedido o divórcio porque sofria violência doméstica. Ela havia conquistado na Justiça a guarda dos dois filhos há pouco tempo.
Recentemente, também na China, uma mulher chamada Liu Zengyan pulou da janela para escapar das agressões do marido, com o qual estava em processo de separação. Um processo demorado, já que a corte de Justiça chinesa havia negado o pedido de divórcio. A cultura patriarcal aliada à falta de apoio judicial que as mulheres encontram na China torna o país um dos mais problemáticos para ser mulher e com altas taxas de feminicídio.
Para se ter uma ideia, em junho deste ano, o governo de Yiwu, província de Zhejiang, aprovou uma lei que garante às mulheres que elas pesquisem o histórico de violência doméstica do futuro marido antes do casamento. “O objetivo é prevenir e reduzir a probabilidade de violência doméstica”, explicou Zhou Danying, vice-presidente da Federação das Mulheres em nota.