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É possível se desapaixonar e aqui vão algumas dicas para você fazer isso

Acelerar o processo de detox amoroso é possível, segundo a ciência. Saiba como!

Por Isabella Otto Atualizado em 26 abr 2022, 12h36 - Publicado em 26 abr 2022, 12h25

Ter o coração partido é terrível e, apesar da dor do amor já ter inspirado algumas das músicas e poesias mais bonitas de todos os tempos, senti-la não é nada agradável.

Assim como o processo de se apaixonar por alguém é químico, o de se desapaixonar também é. A cientista Helen E. Fisher, antropóloga biológica e pesquisadora sênior do Instituto Kinsey, em Nova York, estuda anatomia do amor há alguns anos e descobriu, através de ressonâncias magnéticas, que a área do cérebro relacionada à paixão é a mesma que controla a fome e a sede, por exemplo. É por isso que, quando nos apaixonamos, aquela pessoa especial se torna vital em nossa vida.

Ilustração de um coração vermelho conectado por um fio preto a um cérebro bege
Carol Yepes/Getty Images

Daí vem o término e, puts, como viver sem aquele certo alguém?! A dor é grande porque é como se estivéssemos enfrentando um processo de desintoxicação e tivéssemos que reprogramar a Área tegmental ventral (ATV) do cérebro a não mais sentir necessidade de “se alimentar” daquele sentimento. E como acelerar esse processo?

Para isso, a psicóloga Pat Allen, Ph.D. em relacionamentos, criou um detox do amor, cujos conselhos são muito semelhantes aos listados por Helen E. Fisher após suas pesquisas envolvendo a anatomia da paixão.

Confira as três principais dicas da ciência para fazer o cérebro parar de gostar de alguém:

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1. Não alimente um fantasma

Recuperar-se de um término é tão difícil quanto superar um vício. Portanto, a melhor maneira de fazer isso é ir se libertando, mesmo que em doses homeopáticas, daquilo em que você é viciada. No caso, seu/sua ex.

 

Cortar relações de maneira brusca pode não ser a melhor saída, pois o baque pode ser forte demais e fazer você ter recaídas, mas evite alimentar lembranças olhando fotos, stalkeando, lendo textos, escutando determinadas músicas… Dessa maneira, seu cérebro vai entender que aquilo não faz mais parte da sua lista de necessidades básicas, como hidratar-se e usar o banheiro. É justamente por isso que bloquear a pessoa das redes sociais pode funcionar – e, não, não é uma atitude imatura ou egoísta!

Por mais que você tenha esperanças em uma possível reconciliação – e que o vídeo de tarot do TikTok te faça acreditar nela -, não deixe de viver seu agora alimentando um fantasminha nem um pouco camarada. O que passou, passou. O foco é no futuro!

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2. Tenha pensamentos negativos sobre a pessoa

Quando nos separamos, é comum que relembremos com mais frequência os momentos bons – mas nenhuma relação é feita apenas de alegrias. Por isso, uma dica para você acelerar o processo de se desapaixonar é trazer à tona todos os motivos que levaram ao término: o que aquela pessoa fez, o que ela falou, de quais formas ela já te machucou… Escreva tudo em um papel e releia sempre que precisar reviver tais memórias negativas. Você não vai deixar instantaneamente de amar a pessoa – nem precisa passar a odiá-la -, mas ela vai se tornar menos bonita (e não estamos falando de aparência, viu?) diante dos seus olhos, porque só amor não sustenta um relacionamento. Lembre-se disso!

Ilustração de um pirulito vermelho de coração e, atrás dele, uma sombra de um coração partido
Juana Mari Moya/Getty Images

3. Distraia-se com frequência

Sandra Langeslag, uma renomada Ph.D. em neurociência, autora de artigos que explicam justamente esse lado mais racional do amor, garante que a distração é uma aliada e tanto no processo de desintoxicação amorosa. Ocupar o cérebro com coisas e tarefas que te deixem feliz, especialmente quando ele insistir em se lembrar do(a) ex, é essencial.

A parte ruim é que isso não necessariamente vai fazer você também deixar de amar a pessoa, porque o coração ainda pode sentir algo por ela, mas o cérebro vai começar todo um processo de autoconhecimento que vai te levar a entender que há vida pós-término, pois você é autossuficiente.

Para Langeslag, unir essa tática àquela dos pensamentos negativos é tão eficiente quanto devorar uma panela de brigadeiro para estimular a produção de serotonina e dopamina, os tais hormônios da felicidade, depois de terminar uma relação! 😉

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