Corredora luta contra estuprador que tentou violentá-la em parque
"Meu pior pesadelo de corredora se tornou realidade(…) Eu parei para usar o banheiro e eu fui atacada por um homem que estava escondido."
Kelly Herron é uma corredora americana que vive treinando no famoso Golden Gardens Park, em Seattle, nos Estados Unidos. Em uma de suas mais recentes corridas, um episódio hediondo aconteceu: um cara de 40 anos, identificado como Gary Steiner, a atacou enquanto a corredora saía do banheiro público. Em seu Instagram, Kelly desabafou sobre a tentativa de estupro.
“Meu pior pesadelo de corredora se tornou realidade(…) Eu parei para usar o banheiro e eu fui atacada por um homem que estava escondido(…) Eu lutei pela minha vida gritando, arranhando o rosto dele, batendo nele de volta e tentando desesperadamente escapar sem desistir(…) Ainda bem que eu tive aulas de defesa pessoal oferecidas pelo meu trabalho e utilizei isso na prática”, contou a corredora profissional, que prendeu o estuprador no banheiro até a polícia chegar.
Por causa da repercussão do caso – Gary Steiner já estava sendo procurado por outros casos de estupro -, Kelly afirmou que não poderia ficar em silêncio diante do ocorrido: “Eu não poderia ser uma vítima anônima. Existe uma mensagem de sobrevivência que é importante demais para permanecer não dita”.
A frase dita pela corredora após vencer o criminoso acabou se transformando no título de uma campanha antiassédio. “Not today, your moth&rf#cker!” (“Não hoje, seu f1lh# d@ p%t@”) virou estampa de camiseta em diversas partes dos Estados Unidos e foi usada por diversas sobreviventes.
A esportista recebeu dezenas de comentários enaltecendo a atitude dela e a garra. Contudo, vale ressaltar que é extremamente perigoso para nós, meninas, tentarmos reagir a um assédio nas ruas. É uma realidade cruel, consequência da sociedade machista em que viemos, mas nem todas somos Kelly Herron, tivemos aula de defesa pessoal e teremos sucesso (ou tanta sorte). É por isso que é tão importante andarmos juntas, literalmente. Afinal, assim, bem juntinhas, somos mais fortes.
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