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Campanha #ElasJogam incentiva meninas a ingressarem no mundo do futebol

Campanha do Flamengo, em parceria com Mercado Livre, vai dar até um ano de bolsa de estudos na escola do clube.

Por Da Redação Atualizado em 30 out 2024, 16h11 - Publicado em 24 mar 2022, 16h18

Com a intenção de mostrar que futebol é coisa de menina sim (alguém tem dúvidas?), o Flamengo, em parceria com o Mercado Livre, lançou um projeto que vai apoiar meninas que sonham em ser jogadoras. A campanha #ElasJogam dará até ano de bolsa integral em todas as Escolinhas do Flamengo pelo Brasil.

O projeto tem como foco meninas e mulheres de 4 a 22 anos que desejam jogar futebol, mas nunca tiveram a oportunidade de desenvolver essa paixão. “Sabemos que ainda há um longo caminho a percorrer, mas este já é mais um passo para dar força para as mulheres no esporte e incentivá-las a entrarem em campo”, afirma Thais Souza Nicolau, diretora de Branding do Mercado Livre.

As participantes ganharão bolsas integrais, com isenção de mensalidade por um ano nas 69 escolinhas do Flamengo, que estão espalhadas por 18 estados brasileiros. Para garantir uma das vagas disponíveis é necessário adquirir o “kit da atleta”, com uma bola, uma bolsa esportiva e um squeeze no valor de R$79 – você pode comprar ou doar para alguém.

Com o kit, documento de identificação e nota fiscal da compra em mãos, o responsável pela futura atleta deverá concluir a matrícula em uma das escolinhas afiliadas. As maiores de 18 anos que tiverem seus kits, poderão fazer suas inscrições normalmente. Os endereços das unidades participantes e o regulamento completo podem ser encontrados no site da ação.

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Fundo azul com estrelas. Ao centro, foto de caixas do mercado livre, uma bolsa esportiva preta com faixa amarela, uma bola amarela e uma garrafa preta.
Imagem do “kit de atleta” Mercado Livre/Divulgação

“Estamos confiantes de que a modalidade irá crescer ainda mais com este incentivo, que não se limita à exposição da marca, mas também aparece no apoio a diversas outras ações que iremos fazer durante o ano”, afirma Gustavo Oliveira, vice-presidente de Comunicação e Marketing do Flamengo.

Todo o valor arrecadado com a venda dos kits será doado para o programa Pretas em Campo, da ONG Empodera. Pretas em Campo é um projeto exclusivo para meninas adolescentes e jovens mulheres, implementado na Cidade de Deus e em Pedra de Guaratiba (RJ), que usa o futebol como ferramenta para enfrentar o racismo e desenvolver habilidades socioemocionais. 

Mulheres eram proibidas de jogar futebol, sabia?

Até algumas décadas atrás, a lei brasileira proibia as mulheres de jogar bola (isso mesmo que você leu). Um decreto de lei de 1941 excluía mulheres da prática esportiva por serem “incompatíveis com as condições de sua natureza”. E dentre essas modalidades estava o futebol.

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Esse histórico machista se reflete até hoje nos campos. Dos 20 clubes que participam da Série A do Campeonato Brasileiro, somente sete têm times de base femininos estruturados. Sem time de base, não há formação de atletas profissionais. Mas este cenário, aos poucos, está mudando. Com a Copa do Mundo da França, em 2019, houve mais visibilidade à modalidade.

Pesquisa da DataSenado mostra que, com a transmissão da Copa Mundial Feminina de Futebol da França em 2019, o esporte ganhou mais destaque e figuras como a jogadora Marta, potencializaram sua voz e identidade ao esporte feminino.

“Apesar dos avanços em relação a mulheres no esporte, é possível observar que já na infância a menina vivencia suas primeiras experiências de desigualdade diante da prática do esporte, mesmo que não compreenda naquele período. À medida que almeja uma possível projeção no alto rendimento e amadurece em relação à atuação no esporte, passa a ponderar as diferentes exigências que ocorrem entre meninos e meninas”, diz texto do estudo.

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