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Brasil enfrenta 2ª onda da COVID-19 (ou uma 1ª que nunca chegou ao fim?)

Em 20 estados e no Distrito Federal, taxa registrada de casos voltou a ser maior que 1, mostrando que a pandemia está de novo ganhando força no país

Por Isabella Otto Atualizado em 30 out 2024, 23h14 - Publicado em 18 nov 2020, 10h12
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CAPRICHO/Sestini/Reprodução

O pesquisador Domingos Alves, responsável pelo Laboratório de Inteligência em Saúde da Faculdade de Medicina da USP, em Ribeirão Preto, publicou recentemente um estudo após avaliar a evolução da pandemia de coronavírus nos últimos oito meses. Com o levantamento, o cientista concluiu que “o Brasil já está na segunda onda de COVID-19”.

Natalia Lopes/Unsplash/Reprodução

Semelhante ao que está ocorrendo na Europa e nos Estados Unidos, o Brasil vive uma nova onda de contágios, com os números de infectados crescendo, mesmo que ainda timidamente. Se para alguns ainda é cedo para falar em 2ª onda, para Alves, não há dúvidas de que ela chegou. “Nossa 2ª onda vai ser mais parecida com a dos EUA do que com a da Europa, porque a Europa conseguiu controlar de verdade a transmissão, que voltou com força depois do Verão, quando as pessoas foram viajar e trouxeram novas cepas do vírus para casa”, explicou o especialista para a BBC.

 

A taxa de novos casos registrados no país em novembro ficou acima de 1, de acordo com o Observatório de Síndromes Respiratórias da Universidade Federal da Paraíba, o que significa que a pandemia está crescendo. O Distrito Federal e 20 estados, das 27 unidades federativas brasileiras, registraram o índice que explica a teoria da 2ª onda: Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

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Enquanto alguns falam nessa nova torrente de reinfecção, outros custam a comprar essa ideia, uma vez que os números de casos de coronavírus no Brasil se mantiveram regulares, mesmo registrando certas quedas. Hoje, há mais de 5.910.000 casos confirmados da doença no país e mais de 166 mil mortes. Das vacinas em fase final de testes, temos na liderança a chinesa Coronavac, a norte-americana Moderna, a russa Sputnik e a alemã Pfizer. A inglesa ChAdOx1 nCoV-19 está na lanterninha da lista.

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