Aulas voltam em faculdades em outubro em SP; escolas reabrem parcialmente
"Não tem mais sentido, com os dados que nós temos, continuar a proibir o ensino superior na cidade de São Paulo", garante o prefeito Bruno Covas
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, liberou a volta às aulas em faculdades a partir do dia 7 de outubro, tendo como base resultados do levantamento sorológico mais recente feito em adultos. Segundo os exames, 13,9% da população adulta da capital apresentam anticorpos para o coronavírus, ou seja, já tiveram a COVID-19, mesmo que de forma assintomática.
“Não tem mais sentido, com os dados que nós temos, continuar a proibir o ensino superior na cidade de São Paulo(…) Temos um protocolo feito pelo governo do estado para a retomada dessas aulas do ensino superior, respeitando, é claro a autonomia universitária, o entendimento de cada universidade, a proporção e a quantidade de alunos, o distanciamento social”, informou durante coletiva.
Para muitos, os jovens adultos têm mais responsabilidade na hora de usar os equipamentos de proteção, diferentemente das crianças, que podem acabar retirando as máscaras por falta de maturidade. Isto, contudo, pode não ser uma verdade que possa ser levada em conta, já que, nos últimos meses, a taxa de infecção de jovens entre 18 e 30 anos têm crescido exponencialmente.
A volta às aulas nas escolas de ensino infantil, fundamental e médio acontecem também no dia 7 de outubro, mas de maneira parcial, ou seja, para a realização de atividades extracurriculares. Apesar disso, a retomada não é obrigatória, cabendo aos pais dos alunos e à própria escola a decisão. Se a instituição escolher reabrir, deve trabalhar apenas com 35% da capacidade total de estudantes e respeitando todos as medidas da OMS de proteção contra o coronavírus.
A reabertura de escolas e universidades gera polêmica. Enquanto alguns acreditam que não tem sentido bares, restaurantes, shoppings e academias voltarem à ativa, enquanto instituições de ensino permanecem fechadas, outros consideram essa medida de alto risco, ainda não se sentindo seguros para voltar ou enviar seus filhos para aulas presenciais. Em São Paulo, mais de 916.000 casos de COVID-19 foram registrados até o momento e mais de 33.000 mortes. No Brasil, são mais de 4.450.000 casos da doença e quase 135.000 mortes.