Danna Paola celebra novo momento da carreira: “Minha versão mais honesta”
Artista mexicana vira embaixadora global da MAC Cosmetics e fala com exclusividade à CAPRICHO sobre maquiagem e autoestima
anna Paola está vivendo o momento mais honesto e verdadeiro consigo mesma em sua carreira. A artista mexicana, que acaba de ser anunciada como Embaixadora Global da MAC Cosmetics, fala com exclusividade à CAPRICHO sobre como essa nova parceria chega em sua fase mais autêntica e confiante na música. “Estou fazendo o que eu quero e respeitando quem eu sou, sem me envolver tanto no que os outros pensam“, afirma.
Ela também ressalta a maquiagem como forma de expressão da sua arte, revela o que aprendeu enquanto mulher na indústria da música e o que podemos esperar da sonoridade de sua nova era, que já conta com o single Tenemos que Hablar e em breve será materializada em um álbum.
CH: Você se lembra do seu primeiro contato com maquiagem?
Danna: Sou apaixonada por maquiagem desde que eu tinha 5 anos de idade, quando comecei a ver minha mãe usando. Lembro que quando eu estava fazendo telenovelas, ainda muito jovem, eu acabava o meu dia de gravação e pedia para o maquiador que estava lá fazer alguma coisa no meu rosto, colocar um brilhinho, batom… É algo que esteve comigo em toda a minha vida, e na minha carreira como artista também é uma expressão da minha arte.
CH: Como é sua relação com maquiagem hoje? Pensa em assinar a sua própria linha?
Danna: A maquiagem faz parte da minha arte, da minha expressão como pessoa e a vejo como uma forma de empoderamento feminino. Amo como posso explorar diferentes looks de acordo com as minhas eras, é uma das minhas marcas registradas como artista. No momento, com a MAC, estamos trabalhando em campanhas incríveis para 2024. Mas, sim, eu adoraria, seria demais ter meu próprio batom!
CH: Recentemente, você desenhou sua própria coleção de roupas em parceria com a SheIn. Como foi esse processo?
Danna: Foi uma jornada superdivertida e criativa. Eu adoro moda também, é outra expressão da minha arte, de mim mesma e do meu humor de todo dia. Trazer o estilo da minha nova era para os meus fãs foi o objetivo de tudo isso, assim como trabalhar com estilistas mexicanos para expor a arte deles ao mundo.
CH: No clipe do seu último single, Tenemos que Hablar, os looks são bem importantes para entender a mensagem da música. Como você trabalhou o que queria dizer com eles?
Danna: O vídeo é uma representação bastante teatral de como nós temos dois lados. Nessa era, para mim, tem sido sobre expressar o meu lado sombrio e como eu brilho nele. No clipe, a gente tem essa ‘cara de palhaço’, que é como metaforicamente eu me senti por anos da minha vida na frente do espelho, como uma palhaça, como se eu fosse uma marionete na indústria da música, e eu não me sentia 100% eu mesma. Esse clipe é um curta-metragem do qual estou muito orgulhosa e estou muito feliz em trazer clipes de qualidade nessa nova era, porque eu sou uma artista bastante visual. Então, é por isso que ele é muito especial e tem looks metafóricos e uma representação de um lado sombrio e de como eu me torno uma pessoa diferente e deixo essa outra no passado.
CH: Como é essa nova era e o que mais podemos esperar dela?
Danna: As três últimas músicas que eu lancei (XT4S1S, 1Trago e Tenemos que Hablar) representam um pouco dessa nova era de um álbum ‘dark pop‘. Foi assim que eu descobri que eu preciso amar o meu lado sombrio e como eu consigo brilhar com ele. Ainda não posso falar muito sobre o álbum, mas está vindo e estou muito animada. Tem mais um single no qual estou trabalhando para sair este ano e anunciar o álbum. Estou muito orgulhosa desse disco, eu acho que ele representa a minha versão mais honesta. Eu descobri coisas incríveis durante a jornada desse álbum e ainda estou curtindo o processo. Estou em turnê no momento e ainda trabalhando em alguns detalhes do álbum, porque sou perfeccionista, mas estou muito orgulhosa desse projeto, porque ele representa a minha melhor versão, e eu encontrei a mim mesma e quem sou como artista através dele.
Esse [novo] álbum representa a minha melhor versão, e eu encontrei a mim mesma e quem sou como artista através dele.
Danna Paola
CH: Quais foram as suas influências nessa sonoridade dark pop?
Danna: Eu sou uma garota emo e descobri isso durante a minha adolescência. Sou muito fã de Tokyo Hotel, Paramore, My Chemical Romance, Avril Lavigne, Marilyn Manson… E outros artistas também influenciaram, claro, como Whitney Houston, Beyoncé, Katy Perry, Lady Gaga e artistas pop também representam muito quem eu sou. Tem esses e vários artistas que são minhas inspirações e que eu traduzo para a minha música. E eu tenho muito orgulho de todas as minhas memórias de adolescente, das minhas experiências, das minhas referências e dos meus ídolos, e de trazê-los para a minha música e para essa nova era da minha vida.
CH: Você disse que está vivendo o momento mais honesto com você mesma e com a sua música. Você está mais confiante?
Danna: Tem sido uma jornada. Faz 5 anos que eu lancei a primeira música que eu escrevi sobre um coração partido. E, desde então, eu aprendi a encontrar quem eu sou como artista e não dar às pessoas ou à indústria o que elas querem de mim. Agora, estou fazendo o que eu quero e respeitando quem eu sou, sem me envolver tanto no que os outros pensam. O meu projeto é como uma pintura, quando você vai a uma galeria de arte e você vê todas essas pinturas de diferentes artistas e você as traduz como quiser. É assim que eu acho que a minha arte funciona. Vou lançar o álbum e as pessoas vão sentir as músicas e sentir o que elas precisarem com as letras. Porque eu estou falando da minha vida também, sendo honesta e contando a minha história. E é dessa forma que estou sendo honesta comigo mesma. É como se fosse minha obra de arte.
CH: Você teve problemas com autoestima enquanto crescia e estando na indústria da música?
Danna: Sim. Eu sou muito insegura. Como todo mundo, não me sinto confiante o tempo todo. Quando eu estou no palco, sou a minha versão mais confiante e a melhor versão de mim mesma, ninguém pode me machucar e me abalar. E é isso que estou começando a sentir no estúdio com a minha música, e até com a minha beleza. Estou mais confiante. Eu acho que quando você se coloca vulnerável à opinião das pessoas, você começa a se sentir desconfortável e a perguntar: ‘Será que estou fazendo isso certo?’. É como uma autossabotagem. E eu ainda estou trabalhando nisso. Tem muita terapia envolvida e uma longa jornada com a minha saúde mental. Todas as coisas que eu estou fazendo agora estão conectadas com a minha energia, com meu coração, com quem eu sou de verdade e com a minha história.
CH: O que você aprendeu como mulher nessa jornada na indústria da música?
Danna: Eu aprendi a começar a falar o que eu quero, o que eu não gosto e não ter medo de dizer isso. Eu acho que dizer ‘não’ é um dos meus poderes que eu descobri nesses anos da minha jornada como cantora e compositora. E, na indústria, é muito difícil quando você é incentivada a se comparar com outras mulheres pelos haters nas redes sociais. E eles nos pressionam falando: ‘Ah, você tem que cantar bem, tem que dançar, ter um corpo incrível e uma ótima aparência’. Nós, mulheres, somos mais do que isso. E, quando você se livra de toda essa pressão e começa a fazer suas próprias coisas sem se importar com o que as pessoas ou a indústria querem, é dessa forma que você se empodera e se une com outras mulheres, compositoras, engenheiras, produtoras… Nós estamos chegando em todos os espaços. Falar sobre os problemas pode ajudar nas mudanças, e nós estamos trabalhando para que isso fique mais fácil para as futuras artistas que estão chegando.