Jovem comete suicídio após ser deixada pelo noivo e se casar consigo mesma
A estudante de psicologia de 24 anos relatava sua luta com a depressão na web; Alinne viralizou após se casar consigo mesma no último domingo, 14
Alinne Araújo, de 24 anos, cometeu suicídio na noite da última segunda-feira, 15, um dia após casar-se consigo mesma, depois de ter sido abandonada pelo noivo, Orlando Costa, de 30 anos, na véspera da cerimônia. A jovem teria se jogado do 9º andar de um prédio, conforme informações dadas pela amiga e madrinha de casamento da estudante de psicologia, Marcella Brugger, à Glamour.
A carioca contou nos Stories que o noivo terminou com ela um dia antes do casório por WhatsApp. “Ele não vai aparecer na minha festa, que já está paga. Então, eu vou casar comigo mesma”, informou. As postagens acabaram viralizando e muita gente acusou Alinne de estar se aproveitando da situação para ganhar fama. Teve inclusive quem a chamasse de “biscoiteira”.
A jovem respondeu as críticas, dizendo não precisar de mídia – muito menos dessa em questão. “Não sei de onde vocês tiraram que eu estou querendo fazer marketing, me promover”, falou. Mesmo assim, as acusações não cessaram. “Vocês sabem a dor de confiar em alguém cegamente e achar que encontrou o companheiro da vida e, um dia antes da celebração do amor de vocês, [sic] a pessoa some?(…) Hoje, caso comigo mesma em nome da minha vida nova. Me desejem sorte“, escreveu Alinne no Instagram “Seje Sincera”, em que relatava sua luta contra a depressão, ansiedade e suas oscilações de amor.
Confira abaixo algumas imagens do casamento que viralizou na web:
Orlando Costa, ex-noivo da influenciadora, falou sobre o suicídio da jovem, com quem ficou dois anos: “Assim que eu tiver forças, eu explico melhor. Só posso adiantar que não existo mais, estou acabado”. Há poucas semanas, quando foi fazer a prova do vestido de noiva, Alinne Araújo teve uma crise de ansiedade e precisou ser internada. Ela relatou o caso nas redes sociais: “Eu fiquei martelando sobre aquilo [que estava se sentindo sozinha], até que fui me afundando [no pensamento] e decidi que não queria mais viver. E mais uma vez tomei todos os meus remédios tarja preta. (…) Quase fui para numa internação psiquiátrica. (…) Pessoas que passam por isso, muito cuidado”, alertou.
Além de um aviso sobre os perigos da depressão e da ansiedade, doenças consideradas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) o “mal da adolescência”, o caso de Alinne faz um alerta sobre responsabilidade afetiva. O Brasil registra por volta de 11 mil casos de suicídio por ano, segundo dados do Ministério da Saúde de 2018. O CVV (Centro de Valorização da Vida) funciona 24h e presta auxílio às pessoas que estão tendo alguma crise de depressão e/ou pensando em se matar. É possível entrar em contato e buscar ajuda por telefone, ligando no 188, ou pelo site, conversando com um atendente no Chat. Falar é preciso. Você não está só.