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Por que a mudança na política de preços da Petrobras é do seu interesse

Mudanças na política de preços da estatal devem influenciar no valor da gasolina, diesel e até do botijão de gás - ou seja, também no seu bolso, viu?

Por NAIARA ALBUQUERQUE Atualizado em 19 Maio 2023, 10h38 - Publicado em 19 Maio 2023, 06h02

Nesta terça-feira (16), a Petrobras anunciou o fim da política de paridade de importação (PPI) sobre o preço dos combustíveis. Não entendeu? Calma, a gente te explica tudo sobre essa mudança e, principalmente, como ela vai impactar no seu bolso.

E é bom se preparar que esse é um assunto bem importante, não à toa foi o tema da semana do noticiário político e econômico. Lembrando que essa medida foi uma promessa de campanha do presidente Lula (PT).

Antes de tudo, é importante entender que a Petrobras tem cerca de 12 refinarias espalhadas pelo Brasil. A estatal produz petróleo, uma commodity super importante que impacta diretamente na produção de diversas coisas que usamos diariamente. Desde o plástico, até a gasolina, o diesel e o etanol. Além disso, é importante você saber que a dependência do mundo pelo petróleo é tamanha que ele possui um preço internacional na bolsa de valores – ou seja, esse preço oscila diariamente a depender das notícias e do cenário global.

Afinal, o que é PPI?

Bom, a política de paridade de importação (PPI) começou a valer em 2016 – durante o governo interino de Michel Temer (MDB) – e atrela o preço do petróleo e seus derivados a oscilação diária do preço do produto na bolsa de valores. Ou seja, se o preço do petróleo subia no mercado internacional isso impactava diretamente no valor de seus derivados aqui no Brasil.

Agora, isso mudou. Em nota, a Petrobrás informou que ”os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”. E isso, como veremos logo adiante impactou diretamente no valor que você, consumidor e consumidora final, paga por alguns produtos:

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  • Na gasolina, o preço caiu R$ 0,40 por litro, ou, 12,6%;
  • No diesel, a redução foi de R$ 0,44 por litro, ou, 12,8%;
  • No gás de cozinha, a queda foi ainda maior, de R$ 8,97 o botijão de 13 quilos (-21,3%);

E esse preço da gasolina e do diesel mais barato impacta sobre diversos itens! Por exemplo, alimentos frescos que dependem de frete, como hortaliças e grãos que viajam para chegar até o mercado e, depois, para o seu prato.

E isso não significa que o valor desses produtos não vai mudar, ok? Segundo a Petrobras, haverá oscilações de preços, sim, só que ela acontecerá em uma outra frequência e, também, levando em consideração fatores internos, como: impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda.

“Essa nova política, além de servir a uma política comercial adequada, que é competir internamente e tornar os preços mais atrativos para o consumidor, vai diminuir o impacto na inflação. E vai ajudar o Brasil inclusive a sensibilizar, por exemplo, o Banco Central para que a gente possa diminuir a nossa taxa de juros”, afirmou o Ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira.

Silveira citou um termo que vem sendo repetido algumas vezes ao longo das últimas semanas: inflação. Como falamos na semana passada, o governo Lula tem se empenhado a tentar ao máximo diminuir a inflação – incluindo a indicação de Gabriel Galípolo, um homem de sua confiança para o posto de Diretor de Política Monetária do Banco Central.

Ou seja, as movimentações do governo nas últimas semanas foram com esse intuito.

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E vocês, o que acharam dessa notícia? Já notaram alguma diferença nos preços?

 

 

 

 

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