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“Meu sonho é ser presidenta do Brasil”

Rebeca Sousa, de 20 anos, analisa a conjuntura por meio de sua visão pautada nas demandas das jovens mulheres.

Por Bárbara Poerner, especial para a CAPRICHO Atualizado em 29 out 2024, 16h06 - Publicado em 8 mar 2024, 16h58
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os nove anos de idade, Rebeca Sousa já debatia política com seu pai. Desde cedo, ela foi incentivada pela família a se interessar, conversar e refletir sobre o assunto. Hoje, com 20 anos, ela estuda Ciências Sociais na Universidade Federal de Sergipe (UFS), prepara uma candidatura para vereança em Aracaju, sua cidade natal, e vê nos parlamentos do país uma oportunidade de mudar o mundo.

Para ela, a temática nunca foi algo chato – pelo contrário, sempre lhe despertou um senso de curiosidade. “A política, pra mim, é uma inquietação muito forte. É caótica, mas também é o melhor lugar de transformação que conseguimos ter, porque é palatável, que consegue fazer as coisas acontecerem”, defende Rebeca, que, mesmo com o vislumbre, reconhece as limitações do ambiente devido às classes dominantes dessas esferas institucionais. 

A política, pra mim, é uma inquietação muito forte. É caótica, mas também é o melhor lugar de transformação que conseguimos ter.

Ao olhar para Erika Hilton (outra estrela de nossa capa de Março), ela diz pensar: “é isso que eu quero pra minha vida, eu quero ser essa deputada”. A parlamentar é sua inspiração, assim como Mariele Franco, Marina Silva e Beatriz Nascimento. Mas a referência mesmo é centrada em sua família. “Meus pais sempre falaram muito, desde quando eu era criança, que independente de onde eu estivesse, eu podia sonhar, eu podia conquistar as coisas”. 

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Esse ímpeto também fez a jovem, aos 17 anos, decidir que “queria mudar e fazer as coisas acontecerem”. Foi então que Rebeca conheceu o Girl Up Brasil, movimento global que treina, inspira e conecta meninas para que sejam líderes e ativistas pela igualdade de gênero. 

Junto de uma amiga, ela criou o Girl Up Malfatti e, mais tarde, tornou-se líder regional. “Eu não conseguia mais ficar sentada, só debatendo, só olhando as coisas. Eu precisava fazer essa mudança”, conta, ao lembrar que a motivação também partiu de suas experiências como estudante da rede privada da capital sergipana. 

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O Girl Up Malfatti, o primeiro núcleo do movimento em Sergipe, teve entre suas principais ações o “Livre para Menstruar”, uma campanha de dignidade menstrual que resultou na distribuição gratuita de absorventes e articulações com deputadas, vereadoras e sociedade civil. 

O tema da campanha faz parte do que Rebeca defende: igualdade de gênero e políticas públicas eficazes para mulheres e meninas. Outras de suas bandeiras são a educação – algo “básico, necessário e indiscutível” -, e a mobilidade urbana. A ativista afirma que “não tem como falarmos de educação e saúde, por exemplo, sem falar do acesso ao transporte público”. 

Todas essas pautas fazem parte de um grande guarda chuva chamado “juventude”. O objetivo, diz ela, é conectar os jovens e suas demandas a cada uma dessas políticas públicas. Contudo, Rebeca ressalta que se engajar com o assunto não tem idade. “A política é feita de gerações. Vai desde a geração mais nova até a pessoa mais velha do Brasil: todo mundo vai ser impactado.”

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