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Jovem de 16 anos morre de febre maculosa no interior de SP

A garota participou da festa em uma fazenda em Campinas, onde outras três pessoas contraíram a doença e também morreram na última semana

Por Juliana Morales Atualizado em 16 jun 2023, 11h50 - Publicado em 14 jun 2023, 12h52

Uma garota de 16 anos morreu na noite desta terça-feira (13) em Campinas, interior de São Paulo, de febre maculosa – a informação foi confirmada nesta quinta-feira (15). A jovem foi internada em um hospital da cidade no dia 9 de junho, após participar de uma festa na Fazenda Santa Margarida, distrito de Joaquim Egídio, onde outras três pessoas contraíram a doença e também morreram.

A primeira morte confirmada nesta semana foi da dentista Mariana Giordano, de 36 anos, na segunda-feira. No dia seguinte, o namorado dela, o empresário e piloto de automobilismo Douglas Costa, de 42 anos, e mais uma mulher  de 28 anos não resistiram pela mesma causa, confirmou a prefeitura de Campinas. Além dos que estiveram na festa, mais duas pessoas que moravam no município campineiro também morreram pela doença recentemente.

Em todo o Estado, foram registrados 12 casos de febre maculosa com 6 óbitos neste ano. Em 2022, foram registrados 53 casos, com 37 óbitos confirmados. Já em 2021, foram 76 casos e 42 óbitos, segundo dados Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

O que é febre maculosa?

A febre maculosa é uma doença infecciosa causada por uma bactéria transmitida através da picada do carrapato-estrela, que pode ser encontrado em animais de grande porte (como bois e cavalos), cães, aves domésticas, gambás, coelhos e especialmente, na capivara. Ela não é transmitida diretamente de pessoa para pessoa, viu?

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A doença é mais comum entre os meses de junho e novembro, já que é o período em que predominam as formas jovens do carrapato, conhecidas como micuins.

É preciso estar atento porque os sintomas iniciais da febre maculosa são semelhantes aos de outras infecções. São eles:

  • Febre;
  • Dor no corpo;
  • Desânimo;
  • Náuseas;
  • Vômito;
  • Diarreia;
  • Dor abdominal

Depois, como explica documento sobre a doença do Ministério da Saúde, aparecem pequenas manchas avermelhadas que crescem e tornam-se salientes. Essas lesões, parecidas com uma picada de pulga, às vezes, apresentam pequenas hemorragias sob a pele; aparecem em todo o corpo e também na palma das mãos e na planta dos pés –  isso geralmente não acontece nas outras doenças como sarampo, rubéola, dengue hemorrágico, por exemplo.

A Secretaria de Estado da Saúde orienta que as pessoas que moram ou se deslocam para áreas de transmissão estejam atentas ao menor sinal desses sintomas citados acima e que procurem um serviço médico informando que estiveram nessas regiões para fazer um tratamento precoce e evitar o agravamento da doença.

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Outra orientação importante é em relação a retirada do carrapato, caso encontre um no seu corpo. Não é recomendado esmagá-lo com as unhas ou colocar fogo ou outras substância perto da pele – tudo isso aumenta a chance de transmissão.  Os carrapatos devem ser retirados com cuidado, por meio de uma leve torção. A dica é levantar a traseira do carrapato, torcer para as laterais e depois puxar.

 

 

 

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