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Jogadoras do Corinthians relembram o clube o que é ‘respeitar as minas’

Novo treinador carrega na sua história uma condenação por estupro coletivo envolvendo uma adolescente

Por Bruna Nunes Atualizado em 25 abr 2023, 11h05 - Publicado em 24 abr 2023, 14h14

Cá entre nós, leitora da CAPRICHO: se existe um clube que é conhecido por valorizar pautas sociais, este clube é o Corinthians. De “democracia corintiana” até a campanha “respeita as minas”, o time carrega uma marca posicionada que, neste momento de sua trajetória, está sendo cobrada. E a gente te explica o motivo.

O time paulista anunciou a contratação de um novo técnico, o Cuca, que em 1987 foi condenado por um caso de estupro lá na Suíça e desde a semana passada a torcida se manifestou contra a presença do boleiro no time. Mas agora foi a vez das jogadoras do time feminino do clube se posicionar e lembrar o valor da frase “respeita as mina”, utilizada em campanha.

Aproveitando a estreia do novo técnico, neste último domingo (24), todas as jogadoras se reuniram para publicar uma nota oficial em suas redes sociais.

“Estar em um clube democrático significa que podemos usar a nossa voz, por vezes de forma pública, por vezes nos bastidores. ‘Respeita As Minas’ não é uma frase qualquer, diz a manifestação das jogadoras”, publicou Tamires – que também joga na seleção brasileira.

“É, acima de tudo, um estado de espírito e um compromisso compartilhado. Ser Corinthians significa viver e lutar por direitos todos os dias”, completa o texto.

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Uma publicação compartilhada por Tamires Dias (@tamires)

Nos comentários, Tamires foi elogiada – assim como as outras jogadoras do time – pelo posicionamento. “Craque dentro e fora de campo”, escreveu uma seguidora. “Obrigada por ser voz também. Você é enorme”, escreveu Bárbara Coelho, jornalista e apresentadora do Esporte Espetacular, na TV Globo.

Além das jogadoras, também nas redes sociais, torcedoras alvinegras repudiaram a contratação, classificando como “uma mancha na história do time”.

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Elas também denunciam a incoerência do clube, que tem uma campanha destinada à luta por igualdade e respeito das mulheres, chamada “Respeita as minas”. Muitas delas também foram ao centro de treinamento do Corinthians protestar e estender faixas contra a contratação, viu?

O motivo da #ForaCuca

Pois é, o novo treinador carrega na sua história uma condenação por estupro coletivo envolvendo uma adolescente.

Mas olha só, importante lembrar: o episódio aconteceu em Berna, na Suíça, em 1987, quando Cuca tinha 24 anos e ainda era jogador. Ele e outros três jogadores do Grêmio foram acusados de estuprar uma garota de 13 anos.

E os quatro chegaram a ficar por volta de 30 dias detidos lá, mas voltaram ao Brasil após prestarem depoimentos. No fim, Cuca foi condenado dois anos depois a cumprir 15 meses de prisão e ao pagamento de US$ 8 mil (o equivalente hoje a cerca de 20 mil reais), mas ele nunca chegou a ser preso pelo crime.

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Uma publicação compartilhada por Meu Timão (@meutimao)

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