12 marcas criadas por mulheres negras que você precisa conhecer

Lojas de roupas, sapatos e acessórios comandadas por empreendedoras incríveis!

Por Sofia Duarte Atualizado em 30 out 2024, 23h59 - Publicado em 13 jun 2020, 10h00

De todos os empreendedores brasileiros, 40% são pretos ou pardos, enquanto 35% são brancos, e o resto inclui amarelos e indígenas, segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2018, realizada pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). No entanto, deste número, 45,5% dos negros abrem o próprio negócio por necessidade, enquanto, em relação aos brancos, esse recorte é de 28,5%.

O estudo Empreendedorismo Negro no Brasil, feito pela PretaHub, do Instituto Feira Preta, em 2019, mapeia os perfis dos empreendedores, divididos em necessidade, vocação e engajado. Algumas das descobertas são que 81% dos empreendedores negros entrevistados se autodeclaram pardos; 52% são mulheres; 69% têm de 18 a 39 anos; 40% é do Sudeste e 31% do Nordeste; 49% estudou até o Ensino Médio e 37% possui renda familiar entre R$ 2 mil e R$ 5 mil.

Pesquisa Empreendedores Negros no Brasil 2019, da PretaHub, hub da Feira Preta PretaHub/Feira Preta/Divulgação

Adriana Barbosa, CEO da PretaHub e presidente do Feira Preta, contou à CH qual é o maior desafio dos empreendedores negros. “O Brasil negro é empreendedor em sua essência, esse é o maior legado dos povos africanos para o país. O grande desafio é transcendermos da necessidade para oportunidade. Somos a maioria como micro empreendedores e precisamos ser maioria como empresários em médias e grandes empresas. O teto de vidro do micro precisa quebrar. Está na hora de essa gente preta mostrar o seu valor”, disse.

A empreendedora negra, de acordo com Adriana, evidentemente passa por mais dificuldades. “O empreendedorismo por necessidade é mais forte entre as mulheres negras em comparação às brancas, e a informalidade também é marcante nesse perfil. No entanto, elas têm mais escolaridade do que os homens negros e estão mais preparadas em termos de educação empreendedora. Mesmo assim, as mulheres negras ganham menos do que todos os outros grupos, quase cerca de metade do rendimento das empreendedoras brancas.”

Pesquisa Empreendedores Negros no Brasil 2019, da PretaHub, hub da Feira Preta PretaHub/Feira Preta/Divulgação

O consumo de negócios criados por empreendedores negros é um dos passos que podemos tomar em colaboração à luta antirracista. Pensando nisso, separamos 12 marcas desenvolvidas por mulheres negras para você apoiar! Confira:

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Zâmbia

A marca carioca foi criada em 2017 pela estilista Vívian Ramos, que cresceu em uma família que tinha o artesanato como renda extra e sempre quis montar o seu próprio negócio. Hoje, ela pretende valorizar não só a mulher empoderada que usa suas peças, mas as artesãs da baixada fluminense que as confeccionam. “O conceito por trás da marca é criar produtos autorais com temas brasileiros e, principalmente, mostrar a força da mulher negra. As fotos e campanhas são feitas 100% com mulheres negras, porque eu quero me ver representada na minha marca e quero que as outras marcas se espelhem nisso”, Vívian disse à CH.

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Azulerde

A marca de acessórios, fundada pela pernambucana Karla Batista em 2015, tem a maioria de sua produção feita a partir do upcycling, reaproveitando resíduos sólidos coletados no Recife. Os itens são urbanos, modernos e cheios de personalidade!

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Sr. Biju

Lançada pela dupla de Niterói, no Rio de Janeiro, Sarah e Carla Fonseca, em 2012, a Sr. Biju vende acessórios divertidos e descolados que fazem a diferença no look!

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https://www.instagram.com/p/B9mEk0ylWit/

Xiu!

A cantora Tássia Reis revelou à CH que sua vontade de criar uma marca surgiu com “a percepção de que o mercado da moda é bastante restrito aos padrões eurocêntricos que não atendem ao Brasil em sua plenitude diversa.” O nome da etiqueta faz referência à famosa expressão “lugar de fala” e significa que ela mesma vai contar a sua história. “Xiu, me escuta, pois eu tenho a minha própria voz“, completou Tássia.

https://www.instagram.com/p/BpSdBDbnEeN/

Angela Brito

A estilista Angela Brito, natural de Cabo Verde e moradora do Rio de Janeiro, criou sua própria marca de roupas em 2014. Suas coleções na pegada minimalista têm muita originalidade e itens elegantes e diferentões ao mesmo tempo.

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A-AURORA

O objetivo de Izabella Aurora Suzart, fundadora e diretora criativa da A-AURORA, é unir moda, arte e política em sua marca. Estamos falando de bolsas e calçados com um design único, feito para mulheres contemporâneas.

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370

Se você gosta de conforto, a gente garante que a 370 vai te conquistar! Glaucia Lopes abriu o empreendimento ao lado de sua mãe e sua tia, que é costureira. O melhor de tudo é que são roupas sustentáveis, feitas sob medida para qualquer tamanho a partir do reaproveitamento de garrafas plásticas. Incrível, né?

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Xongani

A marca foi fundada por mãe e filha: Cris Mendonça, gerente de produção, e a ativista e estilista Ana Paula Xongani. Agora, devido à pandemia do coronavírus, a Xongani está revertendo 100% do seu lucro ao plano de apoio emergencial da associação Lar Maria Sininha, atuante na zona sul de SP.

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https://www.instagram.com/p/CAs_Q5PgXsC/

Baobá Brasil

A paulistana Tenka Dara criou a Baobá em 2006, após sua viagem para Moçambique. “Lá, as mulheres têm uma relação muito forte com os tecidos. Eu fiquei apaixonada pela infinidade de temas que as estampas têm e os diferentes usos desse tecido, a capulana”, afirmou à CH. A empreendedora também disse que o conceito de sua marca está muito ligado à sua relação com o continente africano. “Eu vi que a África é viva, dinâmica, as pessoas estão produzindo arte e cultura contemporâneas muito interessantes, e eu voltei dedicada a falar sobre essa África urbana. Criei uma moda brasileira com base na cultura afrocontemporânea.”

Baobá, o nome escolhido para a etiqueta, é uma árvore africana que representa o conhecimento ancestral e pode viver até 6 mil anos.

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Adriana Meira Atelier

Estamos apaixonadas pelas roupas feitas sob encomenda pelas mãos da baiana Adriana Meira. As estampas das saias, blusas, jaquetas e vestidos são exclusivas e muito maravilhosas! <3

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A Julia Costa Shop

Para quem ama tendências como top curtinho, saia bandagem, biker shorts, conjuntinho de moletom, neon e holográfico, a loja da Julia Costa tem tudo isso!

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Afro Beach Brasil

Estava sentindo falta da moda praia nessa lista? A marca da designer Edna Correa Rosa resgata as raízes africanas por meio de seus maiôs e biquínis com estampas étnicas e mistura de cores.

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E aí, sua próxima comprinha vai rolar em qual dessas lojas?

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