Estava rolando o meu feed do TikTok quando me deparei com um vídeo do criador de conteúdo Vini Lasserre mostrando uma bolsa de crochê rosa feita de cordas – e, aí, foi amor à primeira vista.
A peça é da marca Crochê Desenrolado, criada por Karoline Mariá, recifense de 25 anos que, em entrevista à CAPRICHO, conta que estava fazendo cerca de 5 bolsas por semana até que, após a publicação viralizar, vendeu umas 50 para diferentes regiões do Brasil. “Fiquei muito feliz e surpresa com o pessoal chegando desesperado querendo as bolsas.”
@vinilasserre absolutamente apaixonado nessa bolsa 💖 a marca chama @crochê desenrolado
Mariá relata que sempre procurou consumir em brechós e nunca foi muito ligada nas tendências de moda. O crochê entrou em sua vida por acaso durante a pandemia, período em que, como muita gente, decidiu aprender algo novo.
“Meu irmão tinha umas linhas fininhas e agulhas que ele usava pra fazer algo da capoeira, aí eu peguei emprestado e fiz uma chocker, com ajuda de vídeos do YouTube. Depois, parti pra ideia de fazer umas roupas (que hoje vejo que não levo o menor jeito) e meus amigos amaram, me mandaram postar e criar uma lojinha”, lembra.
“Pensei em um nome que fosse jovem e recifense e foi isso. Comprei as linhas e botei ela no mundo”, completa. Porém, a vida aconteceu, e Mariá parou com o crochê por dois anos até que, em agosto de 2023, decidiu retornar de uma forma mais autêntica.
“Criei 4 modelos que foram um sucesso entre meus seguidores. Eu faço todas bolsas, compro material, faço atendimento, embalagem… A maior diferença é que hoje tenho muita ajuda do meu namorado com a parte de conteúdo, porque ele faz todas as fotos, vídeos e artes.”
Agora, depois do vídeo de Vini Lasserre, o sucesso foi tanto que ela deu uma pausa na vendas, porque não estava conseguindo acompanhar a alta demanda. Isso mostra o quanto é importante a divulgação de pequenas etiquetas que trabalham de forma artesanal nas redes sociais, né?
O propósito da marca, segundo Mariá, é espalhar a moda feita à mão e trazer um olhar diferente para o crochê. “Quando as pessoas imaginam uma loja de crochê, acabam caindo em um estereótipo. Quero mostrar que pode ser diferente. Nosso principal valor é que não sou uma fast fashion, sou uma produtora artesanal, faço tudo sozinha, sem desperdiçar nada, e também uso cordas PET.”
A recifense já sonha em ver suas bolsas de corda feitas a partir da técnica do crochê nas passarelas das semanas de moda – e a gente também, viu? <3