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Taylor Swift revisita confissões do passado em regravação do Speak Now

Dando mais um passo para recuperar suas próprias músicas, a cantora lançou a Taylor’s Version do disco que escreveu sozinha há mais de uma década

Por Anny Caroline Guerrera Atualizado em 29 out 2024, 18h33 - Publicado em 8 jul 2023, 10h01

Taylor Swift no ato Speak Now da The Eras Tour em Missouri John Shearer/TAS23/Getty Images for TAS Rights Management/Getty Images

Taylor Swift continua trabalhando para recuperar sua música e o lançamento do Speak Now (Taylor’s Version) a deixa um pouco mais perto de seu objetivo. Desta vez, a cantora revisita as canções que dividiu com o mundo em 2010 em um de seus projetos mais pessoais, afinal, todas as composições dele foram escritas apenas por Swift entre seus 18 e 20 anos.

Durante o anúncio da nova versão, a própria Taylor comentou como as canções dessa época destacam toda sua “honestidade brutal”, sendo uma espécie de diário sem filtro — que foi compartilhado com milhares de pessoas que se identificam em detalhes de diferentes versos em suas letras.

Isso mostra como, além de reassumir o direito de suas composições, Swift alcança algo ainda maior com as regravações: a conexão com os fãs. Seja para os que estão ao seu lado desde o começo quanto para os que chegam agora com a sensação de terem encontrado a trilha sonora que precisavam para lidar com a montanha-russa de emoções que é amadurecer, a cantora mostra que sua forma cativante de desenvolver diferentes narrativas através da música segue conquistando o público e conectando diferentes gerações.

“A história de crescer, falhar, voar, cair… E viver para falar disso”

O Speak Now traz, de fato, sentimentos mais profundos de Taylor, expondo situações vividas por ela, mas que são difíceis para qualquer jovem que está aprendendo a lidar com a dor e partes mais complicadas da vida. ”Eu amo esse álbum porque conta uma história sobre crescer, falhar, voar, cair… E viver para falar disso”, ressaltou a cantora sobre composições como Long Live, Mine, Mean e Back To December, que evidenciam diferentes perspectivas de temas como amor, críticas e autodescobertas.

E, por compartilhar confissões e desabafos de uma época em que os as emoções estão em picos extremos e mudam constantemente, é interessante ver como Swift interpretou as canções novamente, tentando manter a essência do que sentiu no passado, mas ainda realçando novos detalhes de produção, que foi assinada por Christopher Rowe, Jack Antonoff, Aaron Dessner e a própria Taylor.

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Em Last Kiss, considerada pela cantora uma de suas músicas mais tristes, ela ressalta sua evolução técnica ao trazer mais firmeza para declarar os versos da faixa. Isso acontece também com Dear John e Innocent que se encaixam perfeitamente com o vocal mais confiante da artista e contam com relatos de situações que a magoaram no passado.

Já Back To December narra o inverso e é um pedido desculpas em que Taylor reflete sobre como poderia ter sido melhor com a outra pessoa, enfatizando o Speak Now como um disco sobre incertezas e a angústia de se machucar mas também reconhecer os próprios erros e falhas. “Porque a última vez que você me viu / ainda está queimada no fundo da sua mente / Você me deu rosas e eu as deixei lá para morrerem“, canta Swift.

Em canções como Mean — que garantiu mais um Grammy para Taylor em 2012 — ela busca soar o mais parecida possível com a voz mais alta da versão original, assim como acontece em Speak Now, em que ela procura se manter fiel ao projeto antigo. Mas a verdadeira mudança ficou com Better Than Revenge, que foi lançada com uma alteração de letra que dividiu opiniões.

I Can See You

As canções inéditas escolhidas para integrar a coleção “From The Vault” do Speak Now (Taylor’s Version) entregaram participações especiais de Hayley Williams e Fall Out Boy em parcerias que experimentam diferentes sonoridades e I Can See You não fica de fora da lista de músicas que trazem uma nova atmosfera para o projeto da artista.

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A faixa foi a escolhida por Swift para criação de um clipe surpresa que agradece os fãs por estarem caminhando ao seu lado na jornada de regravações, que já contou com lançamentos do Fearless (Taylor’s Version) e do RED (Taylor’s Version): “Escrevi o roteiro deste vídeo há mais de um ano e realmente queria representar simbolicamente como é para mim ter os fãs me ajudando a recuperar minha música“, declarou Taylor.

O enredo, escrito e dirigido por ela, acompanha a “versão de Taylor” presa em uma espécie de museu do Speak Now, até ser resgatada por Joey King, Taylor Lautner e Presley Cash, que estrelam a narrativa. Além disso, a revelação do vídeo aconteceu durante a apresentação da The Eras Tour em Kansas, nos Estados Unidos, no dia de lançamento do álbum, com a presença do elenco no palco.