Entretenimento

Tadeu Schmidt dá recado aos homofóbicos: ‘Errado é ser hétero e trair’

Pai de uma garota queer, o apresentador do BBB falou sobre o preconceito contra pessoas LGBTQIA+ em entrevista à Quem

Por Da Redação Atualizado em 29 out 2024, 15h40 - Publicado em 21 jun 2024, 16h53

Tadeu Schmidt, apresentador do Big Brother Brasil 23 — Tadeu Schmidt, apresentador do BBB24 divulgação/Globo

adeu Schmidt vislumbra o tempo em que a orientação sexual de uma pessoa não será um problema nos olhos da sociedade. O apresentador e pai de de Valentina, que há dois anos se declarou queer, falou em entrevista à Quem sobre o combate ao preconceito contra pessoas LGBTQIA+. “Imagino que daqui a 200 anos vão olhar para trás e pensar ‘meu Deus do céu, no século 21 as pessoas se importavam com a orientação sexual dos outros por quê?'”, diz ao site.

Tadeu reforça aos pais que estão passando por esse momento de descoberta que não tem nada de errado com a identidade de gênero ou a orientação sexual dos filhos. Segundo ele, tem não porque ficar se preocupando ou criticando. “Errado é trair, é você ser um casal hétero e ter várias amantes. Errado é ser desonesto, ser mentiroso”, rebate o apresentador do Big Brother Brasil.

Na entrevista ainda, Schmidt ressalta que faz parte de uma “geração absolutamente homofóbica” e conta que se cansou de ver xingamentos homofóbicos durante partidas de futebol no estádio ou escutar que “uma pessoa tem sucesso, mas é gay, né?”, como se fosse um problema. Mas ele tem um olhar otimista para o futuro:

“Éramos mais preconceituosos no passado, estamos menos preconceituosos hoje e seremos muito menos preconceituosos no futuro até um ponto em que vai acabar o preconceito. É um caminho inexorável, não tem como voltar atrás”, afirma à Quem.

O apresentador falou que continua de desconstruindo e aprendo com as suas filhas e esposa. “Se vejo um stand-up e tem uma piada falando de homem e mulher, eu mando no grupo da família ‘vocês acham que é machismo?’, e elas falam ‘é machismo’. Aprendo com elas que não é só uma brincadeira. É um processo eterno [de letramento], e eu nunca vou ser à prova de falhas”, conta.