É preciso manter a saúde mental em meio à pressão de ser um creator

Durante a VidCon, CH conversou com influenciadores para entender como lidam com a questão no dia a dia

Por Da Redação Atualizado em 29 out 2024, 18h32 - Publicado em 10 jul 2023, 20h59

VidCon 2023 – maior evento do mundo quando o assunto é influência e redes sociais – trouxe uma série de debates sobre saúde mental com a participação de artistas que lidam diariamente com a pressão ocasionada pelo ambiente virtual e por trabalharem como criadores de conteúdo.

Durante as conversas, eles compartilharam mais sobre o processo de lidar com a ansiedade e como tornar as plataformas um lugar mais leve e saudável para soltar a criatividade. Lorrane Silva, a Pequena Lo, foi uma das convidadas do evento e refletiu sobre o lado positivo e negativo para quem está começando na produção de conteúdo.

“Muita gente acha que tudo são só flores, mas a saúde mental acaba tendo uma consequência, dependendo. Porque você se torna muito visível. Você tem que trabalhar sua saúde mental a todo momento”, explicou em entrevista à CH.

Ela dividiu um pouco de sua própria experiência e ressaltou que é preciso de ter paciência nesse processo: “Eu falo que eu sou psicóloga e muita gente diz: ‘Nossa, mas ela teve síndrome de impostor?’ Eu tive a síndrome do impostor”, relatou ela ao dizer que ser autêntico é um dos primeiros passos para seguir em frente.

“Eu digo que, primeiro de tudo, você tem que ser autêntico. […] Não é fácil. Ainda mais quando você é muito visível e tem muita gente que vai falar algo que talvez não seja você, mas você acaba absorvendo aquilo e se perguntando: ‘Será que eu sou engraçada mesmo? Será que eu sou talentosa mesmo? Será que eu mereço tudo isso, esse tanto de seguidor? Esse tanto de gente me amando'”, disse sobre as dúvidas e inseguranças que podem surgir.

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Por isso é importante reconhecer o seu próprio valor. “Sim. Você merece. Se você está no lugar que você conseguiu chegar e quis, é porque você merece e fez por merecer. Mas não é um lugar fácil que você todo dia vai estar bem, que todo dia você vai ler os comentários negativos e não vai absorver, porque absorve. Tem dia em que estamos mais sensíveis, então é um processo, né? Não é do dia para noite”, concluiu.

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“Ser autêntico é ser corajoso”

“Eu falo muito sobre intencionalidade, sobre propósito”, afirmou Bianca Andrade à CAPRICHO em uma conversa sobre como o público inspira os conteúdos que produz. “Tudo que eu faço no meu trabalho é pensando num porquê. Com quem estou falando? Como estou impactando na vida dessas pessoas? Quando falo de saúde mental, por exemplo, nos meus Stories, eu tento falar de uma forma prática”, compartilhou ela.

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“Isso é até debatido no meu time, eu digo: ‘Gente, não quero passar essa sensação de mulher-maravilha. Quero passar uma sensação de: ‘Cara não está fácil para ninguém, mas juntos a gente consegue se apoiar e tornar as coisas mais fáceis.’ É sempre com esse propósito que eu gravo cada conteúdo pra galera”, adicionou Bia.

@capricho

A VidCon 2023 aconteceu em São Paulo no último fim de semana e contou com diversas conversas sobre saúde mental e redes sociais. Em seu painel, Bianca Andrade falou mais sobre autenticidade e aproveitamos para perguntar como o público impacta sua produção de conteúdo! ❤️

♬ som original – Capricho

A empresária participou de um painel em que contou mais sobre expressar sua personalidade, tanto na plataforma pessoal, como também através de sua marca, levando em consideração a importância de entregar um conteúdo autêntico, que mostre também suas vulnerabilidades: “Ser autêntico é ser corajoso”, refletiu.

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“O tempo inteiro, eu aproveito desse meu jeito de fazer do limão uma limonada pra sempre destacar minha autenticidade e falar: ‘Gente, às vezes as coisas dão errado.’ E é o ponto onde tudo mundo se encontra, é na vulnerabilidade”, disse Bianca, que contou que tenta não esconder isso e é grata pelos altos e baixos que a tornam a pessoa que é hoje.

Empatia nas redes sociais

Em uma conversa sobre bullying, Larissa Manoela, Dora Figueiredo, Gustavo Tubarão, Carla Lemos e Dante Oliver enfatizaram o quanto é necessário ter empatia, tanto dentro quanto fora das redes sociais. “Qual é a influência que você tem? Quantas pessoas ao seu redor acabam fazendo com que você se torne um espelho? A pessoa vai querer te colocar nesse lugar de reflexo”, declarou Lari.

Ela pontuou que isso faz com que observar seus próprios comportamentos e inspirar o bem se torne ainda mais significativo: “O que eu faço, muitas pessoas podem estar fazendo também. Então, faça o bem. Pare pra olhar a maneira que você gostaria de ser tratado e trate o outro”, adicionou a atriz.

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Carlinha também falou sobre como o exercício de se colocar no lugar do outro pode fazer com que as pessoas percebam que todos podem estar lidando com situações difíceis fora das telas: “A gente esquece que tem um ser humano ali, que tem dores, que tem sofrimento, que tem suas próprias questões”, compartilhou. “E, muitas vezes, até o que a gente está ali expondo é uma coisa que nos deixa inseguro, é um momento de vulnerabilidade em que estamos nos expondo, a gente precisa pensar nisso”, concluiu ela.

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