Reflektor, de Arcade Fire. Por Bruno Dias, editor-assistente da CAPRICHO
Novo disco traz influências eletrônicas e elementos de ritmos caribenhos
Desde que anunciaram que iriam gravar o sucessor de The Suburbs (2010), minha expectativa pelo lançamento do novo disco do Arcade Fire só foi aumentando, ainda mais depois de ver um dos shows da turnê de Suburbs no festival Benicássim, na Espanha, em 2011, mesmo ano em que eles ganharam o Grammy de melhor álbum.
A pressão por um disco tão bom quanto o Suburbs parece não ter afetado a banda de Win Butler e Régine Chassagne . Para ajudar na produção, o Arcade Fire recrutou James Murphy (LCD Soundsystem), que trabalhou ao lado de Markus Dravs (parceiro de longa data deles) e da própria banda. Murphy intensificou as influências eletrônicas já presentes na obra do AF, toque que fica explícito em faixas como Porno e Reflektor .
Here Comes The Night Time , que empresta seu nome a um curta-metragem de 22 minutos dirigido por Roman Coppola; e Afterlife , que ganhou um lyric video com cenas do clássico ítalo-franco-brasileiro Orfeu Negro (1959), trazem elementos que remetem a ritmos caribenhos, incorporados pelo Arcade Fire durante parte das gravações do CD na Jamaica e viagens ao Haiti, país em que fazem trabalhos sociais.
Normal Person, Joan Of Arc e You Already Know mantém a cara do Arcade Fire presente nos álbuns anteriores, trazendo influências de ídolos do grupo como David Byrne, David Bowie e até mesmo Neil Young . Awful Sound (Oh Eurydice) , segunda faixa do lado B (sim, o disco é duplo!), traz toda a grandiosidade do grupo e arrepia só de imaginá-la sendo executada ao vivo.
Assim como The Suburbs, Reflektor vem sendo tocado no repeat por mim desde que foi lançado e até me fez resgatar os outros três discos da banda. Que venha o show do Lollapalooza 2014 !
Ouça também:
Reflektor
Awful Sound (Oh Eurydice)