Duas ex-funcionárias da fábrica que produzia cosméticos para Kylie Jenner, deram entrevista ao The Sun e relataram condições abusivas no trabalho. Elas também contaram que eram proibidas de falar e olhar para a empresária.
Quando a caçula das irmãs Kardashian-Jenner lançou a Kylie Lip Kits, em 2015, a produção dos produtos era terceirizada pela fábrica Spatz. Ainda assim, Kylie e a mãe, Kris Jenner, iam frequentemente analisar a produção dos cosméticos da marca que viria a se chamar Kylie Cosmetics.
“Antes de elas chegarem, os nossos supervisores nos diziam: ‘vocês não estão autorizadas a falar com elas, vocês devem continuar trabalhando, não podem tirar fotos ou fazer qualquer pergunta’”, contou Irene Lopez, ex-funcionária da Spatz, ao The Sun.
Irene disse que não havia nenhuma interação entre a dona da marca e os funcionários. “Elas vinham e nos observavam nas máquinas ou enchendo os tubos de maquiagem. Elas não falavam com a gente, nunca falaram comigo, falavam com os chefes, andavam por aí e olhavam tudo”, relatou. “Não é como se ela [Kylie] não visse quais eram as condições”.
Outra ex-funcionária, Martha Molasco, falou sobre as “regras” que tinha que seguir quando a empresária visitava o local. “Estávamos fazendo o produto dela e não podíamos falar com ela. Não podíamos vê-la. Se estamos fazendo o produto dela e todo o trabalho é por nossa conta, ela deve estar ciente disso”, disse.
Uma fonte disse ao The Sun que Kylie nunca deu nenhuma instrução aos funcionários e que não há indicações de que ela sabia sobre as condições da fábrica.
As mulheres também contaram que eram muito cobradas e humilhadas quando não atingiam o nível de produção exigido. Martha disse que se sentia “degradada”. Segundo Irene, elas tinham que fazer de 1.000 a 1.200 produtos por dia.
“Tudo tinha que ser feito com perfeição e, se não fosse, eles jogariam na sua cara como se fosse lixo. Se você não fosse rápido o suficiente, seria demitido”, disse. Diante da pressão, ela contou que ia ao banheiro chorar. “Era muito para mim.”
Uma fonte contou ao jornal que Spartz não presta mais serviços à Kylie Cosmetics. Hoje, a empresa da empresária de 23 anos é avaliada em mais de US$1 bilhão, o que equivale a cerca de R$5 bilhões.