BBB22: Mirando em Gil do Vigor, Brasil se decepciona ao acertar em Vyni

Bacharel em Direito definitivamente não funciona sem edição. Por outro lado, o público não deveria esperar que todo gay seja igual

Por Vand Vieira Atualizado em 30 out 2024, 16h22 - Publicado em 6 fev 2022, 13h40

Assim que foi anunciado pela Globo, em uma chamada de exatos 42 segundos, Vyni se tornou o primeiro fenômeno do BBB22. Antes mesmo da estreia do programa, ele já havia ultrapassado a marca de 2 milhões de seguidores no Instagram e, hoje, está na casa dos 4 milhões. Bacharel em Direito de origem humilde, gay, nordestino e bem-humorado, claro, também foi comparado a Gil do Vigor, um dos protagonistas da edição anterior.

Mas sabe o que dizem, né? A expectativa é a mãe da frustração. Na casa, o brother se mostrou bem mais introvertido do que imaginávamos: fala baixo, tem dificuldade de se posicionar, falta o timing da comédia e, até o momento, vive à sombra do casal Eliezer e Maria em uma nova versão (que ninguém pediu) do triângulo amoroso vivido por Gabi Martins, Gui Napolitano e Victor Hugo (BBB20).

Agora, por mais que eu também seja um telespectador sedento por entretenimento, me vejo obrigado a propor uma reflexão: até quando os gays serão colocados na posição de alívio cômico? Por que Viny, ainda que tenha características similares, precisa necessariamente ser um Gil do Vigor 2.0? Seria um padrão?

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Aliás, aqui vai um recado para a direção do Big Brother Brasil: nós, gays, somos múltiplos. Também podemos formar casais, liderar estratégias, enfim, mostrar algo além do estereótipo. Estamos carentes de novas narrativas, de outros perfis, e isso deveria ser levado em consideração na seleção dos participantes, que parece presa em um looping (ou uma cota?) que só gera comparações e mais descontentamento.

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