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Quem são os candidatos à presidência nas Eleições de 2022

Corrida pela vaga no Palácio do Planalto tem doze nomes no momento; mas apenas quatro bem posicionados nas pesquisas, viu?

Por Andréa Martinelli Atualizado em 30 out 2024, 15h38 - Publicado em 27 ago 2022, 06h00
Candidatos à presidência
Getty Images/Senado Federal/Montagem/CAPRICHO

Faltam menos de 40 dias para o 1º turno das Eleições 2022 e a corrida eleitoral pela vaga no Palácio do Planalto já começou e os candidatos já estão prontos para pedir voto dos eleitores pelo país. E a disputa está quente: vários nomes já surgiram como pré-candidatos para a disputa presidencial – com direito até a desistência surpreendente de última hora, viu?

A tendência é de que o pleito deste ano seja intenso e dividido, já que as pesquisas eleitorais mais recentes mostram que Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) são os candidatos que têm maior intenção de voto. Enquanto isso, candidatos de esquerda, centro e direita tentam se viabilizar como uma outra opção possível entre estas duas figuras políticas. Em seguida, as pesquisas apontam que Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) são os outros candidatos mais bem colocados.

Até o momento, doze candidatos a presidente estão na disputa. Candidatos que tiveram certa projeção no universo da política nos últimos anos como João Doria (PSDB) e Sergio Moro (União Brasil) abandonaram suas pré-candidaturas para presidente mesmo antes da corrida eleitoral começar. Outros possíveis nomes, como Eduardo Leite (PSDB) e Aldo Rebelo (sem partido) também desistiram.

Ah, e anote aí: o primeiro turno das eleições acontecerá em 2 de outubro, enquanto o segundo turno, se necessário, está previsto para o dia 30 do mesmo mês. 

Você que acompanha a CAPRICHO já sabe porque política é importante, o que é o voto consciente e como ele pode te ajudar a escolher candidatos; e como usar as redes sociais para falar de política e o quanto seu repost pode, sim, eleger um presidente.

Agora vamos te mostrar quem é que está disputando o pleito para ocupar o cargo de presidente da República em 2022:

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Ciro Gomes (PDT) 

ciro gomes
Getty Images/Getty Images

Ciro Gomes, 64 anos, é pré-candidato pelo PDT, sigla para Partido Democrático Trabalhista. Natural de Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, ele já foi governador do Ceará, ministro da Fazenda no governo Itamar Franco e ministro da Integração Nacional no governo Lula. Ciro chegou a disputar as eleições presidenciais em períodos diferentes por outros partidos: ele concorreu ao pleito de 1998 e 2002 pelo PPS e de 2018 pelo PDT, quando ficou em terceiro lugar e o atual presidente Jair Bolsonaro, vendeu as eleições. Esta é a quarta vez que Ciro Gomes é candidato à Presidência.

Eymael (DC) 

José Maria Eymael, 82 anos, é natural de Porto Alegre (RS), fez carreira como advogado, mas também no ramo de marketing e comunicação. Lá atrás, em 1962, ele se filiou ao antigo Partido Democrata Cristão, e, em 1986, se elegeu deputado federal por São Paulo na Assembleia Constituinte, e foi reeleito no pleito seguinte. Esta é a 6ª vez que Eymael será candidato.

Jair Bolsonaro (PL) 

jair bolsonaro
Getty Images/Getty Images

O atual presidente, Jair Bolsonaro, 67 anos, se filiou ao PL em novembro de 2021 para disputar a reeleição – até então, ele estava sem partido. Natural de Glicério (SP), seguiu carreira militar e deu início à sua carreira política em 1988, quando se elegeu vereador. Depois, entre 1990 e 2018, ocupou a cadeira de deputado federal. Durante a corrida eleitoral em 2018, ele sofreu um atentado a facadas em um evento de campanha. Naquele mesmo ano, se elegeu como o primeiro político desde 1945 com carreira militar em um pleito polarizado e segundo turno contra o professor Fernando Haddad (PT).

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Lula (PT) 

Lula Da Silva
Getty Images/Getty Images

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 76 anos, é o pré-candidato pelo PT, sigla para Partido dos Trabalhadores, e o principal adversário de Bolsonaro, segundo as pesquisas de intenção de voto. Lula nasceu em Caetés, na época um distrito de Garanhuns (PE), é ex-metalúrgico e governou o país entre 2003 e 2010.

Em 2018, foi preso em um processo de investigação sobre corrupção no caso que ficou conhecido como “tríplex do Guarujá” e foi impedido de disputar as eleições daquele ano com base na Lei da Ficha Limpa. Já em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou as condenações; outros outros processos contra ele prescreveram ou foram arquivados e, em 2022, ele volta a disputar a corrida eleitoral. 

Soraya Thronicke (União Brasil)

Com 49 anos e nascida em Dourados (MS), Thronicke está no seu primeiro mandato como senadora – ela foi eleita em 2018, pelo PSL, na onda das candidaturas bolsonaristas eleitas naquele mesmo ano. Ela também é presidente da União Brasil Mulher, núcleo de seu partido focado na participação feminina na política.

Ela é formada em Direito com especialização em Direito Empresarial e pós-graduada em Direito Tributário e em Direito de Família e Sucessões; ela começou a atuar na política em 2013, com os movimentos de rua e já foi filiada ao partido Novo.

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Mas nem sempre ela foi a candidata à Presidência do União Brasil, viu? A primeira opção era Luciano Bivar, 77 anos, presidente do União Brasil, pelo qual chegou a se lançar pré-candidato à presidência, mas cedeu o cargo à Thronicke para tentar uma reeleição como deputado federal.

Luiz Felipe d’Avila (Novo) 

Nascido em São Paulo, Luiz Felipe D’Ávila tem 58 anos e é formado em Ciência Política. Atuou como editorialista, comentarista político, e também como diretor de editoras e escritor. Em seus livros, defende uma agenda liberal. Fundou uma ONG dedicada à formação de líderes políticos e agora é candidato a presidente da República pelo partido Novo em 2022. 

Leonardo Péricles (UP) 

Leonardo Péricles, 40 anos, nasceu em Belo Horizonte (MG) e tem histórico de militância no movimento estudantil – ele já foi eleito eleito diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE) de Minas e, em 2011, passou a integrar o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), e liderou ocupações urbanas e protestos de junho de 2013 em Belo Horizonte. Em 2020, concorreu à vice-prefeito da capital mineira. Agora, ele é candidato às eleições de 2022.

Pablo Marçal (Pros) 

Natural de Goiânia (GO), Pablo Marçal tem 35 anos, é natural de Goiânia e é bacharel em Direito. Além de empresário e consultor, Marçal é coach e influenciador digital e já publicou livros com foco em desenvolvimento pessoal. Ele tem 3 milhões de seguidores nas redes sociais – e ainda se diz candidato à Presidência pelo partido.

Isso porque houve um embate judicial dentro da própria legenda, que declarou apoio ao ex-presidente e atual candidato Lula (PT). Porém, o nome dele segue registrado no TSE, que deverá se posicionar ainda em setembro sobre a questão.

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Talvez você se lembre desse caso: em janeiro, ele levou um grupo de 32 pessoas para uma trilha sem guia em São Paulo, e o resgate do Corpo de Bombeiros teve de ser acionado e gerou discussão sobre insegurança de processos como este, feitos sem supervisão. Em maio deste ano, ele foi oficializado como candidato pelo Pros, sigla para Partido Republicano da Ordem Social.

Simone Tebet (MDB) 

simone tebet
Senado Federal/Divulgação

Se você acompanhou parte do que foi a CPI da Covid no Senado no ano passado, sabe quem é Simone Tebet. Ela foi uma das senadoras que sofreu machismo por parte de depoentes na comissão à época. Aos 52 anos, ela é natural de Três Lagoas (MS) e formou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 

Em uma carreira consolidada como advogada e professora, em 2002 foi eleita deputada estadual e iniciou sua vida na política institucional. Ela foi prefeita de Três Lagoas por 2 mandatos e foi vice-governadora, em 2010. Ao chegar ao Senado, em 2014, liderou a primeira bancada feminina, foi a primeira mulher a presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e participou da CPI da Covid. Agora tenta se consolidar como a candidata da “terceira via” nas eleições de 2022

Sofia Manzano (PCB) 

Sofia Manzano, 51 anos, é paulista e doutora em História Econômica pela Universidade de São Paulo (USP). Ela atua como professora e dá aulas na Bahia. Em 2014, disputou a vice-presidência pelo PCB, sigla para Partido Comunista Brasileiro, que foi fundado em 1922. Manzano deu início à sua vida política em 1989. A partir de 2013, passou a integrar o movimento sindical pelo direito dos professores no país. Em 2022, ela é a candidata a presidente da República pelo partido.

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Vera Lúcia (PSTU) 

Vera Lúcia nasceu em Inajá (PE). Com 54 anos, ela é socióloga formada pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Ainda criança, se mudou com a família para Aracaju (SE) e lá trabalhou como garçonete, datilógrafa e, ao entrar na indústria de calçados, se envolveu com o movimento sindical.

Ela é uma das fundadoras do PSTU, sigla para Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado. O partido foi criado em 1992, a partir de um grupo que saiu do Partido dos Trabalhadores. Vera Lucia já foi candidata à presidência da República na eleição presidencial de 2018, obtendo 55.762 votos, ou 0,05% dos votos válidos. Em 2022, ela é a candidata pelo partido.

Roberto Jefferson (PTB)

Neste ano, uma figura já conhecida no universo da política foi lançada à presidência também: Roberto Jefferson. Ele foi anunciado como candidato pelo PTB, mas teve a candidatura impugnada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) porque, segundo o órgão, ele está inelegível até dezembro de 2023 devido à condenação no julgamento do mensalão.

Caso você não se lembre, ele foi deputado pelo Rio de Janeiro por cerca de seis mandatos consecutivos e chegou a revelar a existência do Mensalão à imprensa, o que levou à sua condenação também por corrupção e lavagem de dinheiro. Agora em 2022, os repasses de recursos públicos para a campanha já foram suspensos e o TSE vai decidir até 12 de setembro se valida ou não o registro da candidatura dele. Ou seja, até lá, tudo pode mudar.

ATUALIZAÇÃO: No dia 1 de setembro de 2022, o TSE negou o pedido de candidatura de Roberto Jefferson. O tribunal constatou que ele está inelegível para disputar qualquer eleição até 24 de dezembro de 2023, devido aos efeitos secundários da condenação criminal imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao ex-deputado federal, em 2013, após o escândalo do mensalão. No lugar dele, o PTB nomeou o padre Kelman Souza para a candidatura.

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