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Você sabia que a série “Entre Estranhos” é baseada em um caso real?

A trama, protagonizada por Tom Holland, foi baseada em Billy Milligan, que conseguiu ser absolvido de crimes graves por alegar ter 24 personalidades

Por Bruna Nunes Atualizado em 29 out 2024, 18h23 - Publicado em 26 ago 2023, 17h30

A série “Entre Estranhos” se tornou o grande sucesso da Apple TV+. A trama conta a chocante história de um homem que conseguiu ser absolvido de crimes muito graves após ser diagnosticado com transtorno de múltiplas personalidades. O protagonista, Danny Sullivan, é interpretado por Tom Holland, mas e se a gente te contar que isso foi baseado em um caso real tão chocante, que fez o ator querer dar uma pausa das telas? Vem que vamos te contar essa história! 

A HISTÓRIA REAL

O personagem Danny Sullivan, na verdade, foi baseado em Billy Milligan, um homem que, no fim dos anos 70, foi preso e acusado de roubo e estupro, porém teve sua defesa justificada por ser diagnosticado com o transtorno de múltiplas personalidades. Com sua história, ele se tornou a primeira pessoa dos EUA a não ser condenada por cometer tais crimes.

Voltando um pouco no tempo, toda sua trajetória começou a se complicar já na infância. Seus pais eram divorciados e seu pai cometeu suicídio quando ele tinha apenas 3 anos. Além desse trauma, seu padrasto abusava dele durante sua infância. Acredita-se que foi nessa fase que as primeiras personalidades surgiram.

Em 1975, Billy foi preso pela primeira vez por acusações de estupro e assaltos. Ele estava respondendo em liberdade condicional até que foi preso novamente, em 1977, pela acusação de três estupros o campus da Universidade Estadual de Ohio e foi levado a julgamento. Enquanto aguardava seu julgamento e sua defesa estava sendo preparada, foi submetido a testes psicológicos, neste momento ele foi diagnosticado.

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No primeiro momento, acreditava-se que a o acusado sofria de esquizofrenia, mas após ser encaminhado para uma investigação mais profunda, seu transtorno dissociativo de identidade foi encontrado. A partir daí, sua defesa tomou outros rumos e alegou que o acusado estava em estado de insanidade.

De acordo com os especialistas envolvidos no caso, Milligan convivia com 10 personalidades. Entre elas, estavam: Arthur, Allen, Adalana, Tommy e Ragen. Aparentemente, Ragen foi quem cometeu os assaltos e a Adalana, os estupros. Por isso, ele não foi condenado a ir para a prisão, mas sim, para centros psiquiátricos. 

Milligan ficou em tratamento durante cerca de uma década (do final dos anos 70, até meados dos anos 80), e mais 10 personalidades apareceram nesse período. Em 1986, uma nova identidade, apresentada como Christopher Carr, surgiu. O homem fugiu do lugar que estava internado e matou seu colega de quarto.

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Em 1988, Billy foi liberado dos tratamentos psiquiátricos e anos depois, em 1991, os tribunais de Ohio também resolveram libera-lo. Aparentemente o homem sumiu do mapa, mas sua irmã revelou que em 2012 ele foi diagnosticado com câncer, o que o levou a falecer em 2014.

A série e a pausa de Tom Holland por saúde mental

A produção, disponível no Apple+, foi criada por Akiva Goldsman e baseada no romance não-ficcional de Daniel Keyes, o “The Minds of Billy Milligan”, de 1981. A história  se passa no ano de 1979, é ambientada em Manhattan e conta a história do personagem Danny Sullivan (Tom Holland), que acaba se envolvendo em um tiroteio, e começa a trabalhar com a investigadora Rya Goodwin (Amanda Seyfried). Tudo isso faz com que Danny comece a resgatar suas memórias e lembrar de crimes que cometeu.

Em uma entrevista ao portal Extra, o ator, que também participou da produção, disse que a série o destruiu, e por isso, decidiu fazer uma pausa em sua carreira. “Estávamos explorando algumas emoções que definitivamente nunca experimentei antes” revelou Tom.

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Transtorno Dissociativo de Identidade?

Recentemente o programa Fantástico fez uma reportagem para abordar o transtorno dissociativo de identidade, e trouxe o caso à tona. Para muitos, soou estranho, mas é uma condição real. Uma pessoa com TDI pode apresentar mais de uma personalidade, com gostos, comportamentos e até mesmo idades diferentes.

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