Variante da Índia da COVID-19 é de “preocupação global”, alerta OMS

Alguns pacientes com coronavírus no país estão sofrendo com mutilações após serem infectados por um fungo raro, que causa uma doença chamada mucormicose

Por Isabella Otto Atualizado em 30 out 2024, 17h37 - Publicado em 10 Maio 2021, 14h39

Nesta segunda-feira, 10, a Organização Mundial da Saúde emitiu um comunicado dizendo que a variante B.1.617 da COVID-19, assim como suas três linhagens, identificada na Índia, é de preocupação global.

Paciente com COVID-19 sendo transportado em um tuk-tuk, devido à falta de ambulância, em Kolkata, na Índia
Paciente com COVID-19 sendo transportado em um tuk-tuk, devido à falta de ambulância, em Kolkata, na Índia Jit Chattopadhyay/SOPA Images/LightRocket/Getty Images

“Nós a classificamos como uma variante preocupante em nível global, pois existe alguma informação disponível que indica uma transmissibilidade acentuada”, explica Maria Van Kerkhove, autoridade técnica da OMS, em coletiva de imprensa.

Apesar do alerta, mais informações sobre a variante só serão emitidas na próxima terça-feira, 11. Ela foi detectada pela primeira vez em outubro de 2020 e já se espalhou para outros países, como por Bangladesh, país localizado na região Sul da Ásia.

 

A OMS acredita que essa variante e suas três linhagens sejam, além de mais letais, mais transmissíveis. A índia já registrou mais de 22 milhões de casos de COVID-19 no total e a média diária de novos casos chegou a ultrapassar os 400 mil. Mais de 246 mil pessoas morreram vítimas da doença no país, que enfrenta há tempos uma crise sanitária. Além do caos nos sistemas de saúde causado pela pandemia, a Índia enfrenta uma onda de mortes causadas por um fungo raro, que causa uma doença chamada mucormicose, que pode levar pacientes já com a imunidade debilitada à morte, além de estar causando a mutilação de diversos pacientes diagnosticados com coronavírus no país asiático.

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