Uma lista nada óbvia de 19 mulheres para você se inspirar
Nomes que nem sempre aparecem para você somar às divas que você já conhece.
É muito comum vermos listas de mulheres inspiradoras na internet. Na maioria delas, encontramos personalidades como Beyoncé Knowles, artista, mãe e ativista sem igual, Rihanna, um mulherão que não está à procura de homem, Frida Kahlo, uma pintora que apesar das dificuldades, revolucionou o universo feminino e superou os obstáculos com sua arte. Vemos também com bastante frequência nomes como Malala Yousafzai, Demi Lovato, Emma Watson, Lena Dunham. Esses são exemplos de mulheres maravilhosas e empoderadas que fazem a diferença, mas elas não são as únicas! No mundo, existiram e existem nomes que devem ser sempre lembrados, e esta matéria reúne alguns dos principais. Assim, de um jeito nada óbvio, você vai incluindo na sua listinhas novas mulheres incríveis para se inspirar. 😉
1. Bex Taylor-Klaus
Aos 22 anos, a atriz já participou de séries como The Killing e Arrow, mas foi com a sua personagem Audrey Jensen, em Scream, que a americana conquistou uma legião de fãs. Aliás, sua personagem no seriado de terror tem muito a ver com ela. Em novembro, depois de tantos questionamentos, Bex usou o Twitter para assumir sua sexualidade. Na verdade, ela diz que assumir não é a palavra certa, já que nunca escondeu o fato de ser lésbica. Então, ela prefere dizer que deu voz ao movimento e representou milhares de mulheres mundo afora, muitas, inclusive, suas fãs. Em janeiro, a atriz participou da #WomansMarch, que protestou contra as propostas machistas e misóginas de governo de Donald Trump. Ativista, a jovem é uma inspiração para as meninas lésbicas, que nem sempre conseguem se enxergar e se sentir representadas em seriados e no meio artístico. Vai, Bex! Ou melhor, vem, Bex. Vem logo para o Brasil, mulher!
2. Cassia Eller
Em uma época em que debates sobre gênero não eram tão comuns, principalmente na mídia, a cantora dominou o cenário da música durante os anos 90 e deu voz aos direitos dos homossexuais no Brasil. “De repente, aquela mulher, que era chamada de ‘macho’, aparece grávida. Isso mexeu com a cabeça das pessoas e induziu reflexões”, afirma Zélia Duncan em trecho do documentário Cássia, de 2015. Com um gênio forte, repleta de talento e cheia de opiniões, a cantora fez algo ainda mais radical: lutou sem fazer textão. Através de atitudes, gestos, cortes de cabelo e roupas, Eller foi uma das primeiras a ir contra a família tradicional brasileira, ainda cheia de preconceitos. Por isso, antes de exaltar novos nomes ~diferentões~ que aparecem nessa luta, lembre-se de Cassinha, que foi fera, bicho, anjo e mulher. “Sou minha mãe e minha filha, Minha irmã, minha menina. Mas sou minha, só minha e não de quem quiser”.
3. Felicia Day
Viciada em jogos online como World of Warcraf, a americana sofreu desde a infância com o machismo no universo nerd. Durante a juventude, quando, aos poucos, foi entrando em competições online, a jogadora de videogame sofria constantes ataques, ameaças e era vítima de assédio por gamers que não aceitavam a figura da mulher ou a menosprezava. Foi então que ela decidiu criar uma webserie para contar a sua história e empoderar outras garotas. Anos depois, Felicia lançou sua própria empresa de conteúdo geek e participou do seriado Supernatural, representando mais uma vez as meninas inteligentes, que manjam de tecnologia e adoram o universo nerd. “Abrace a sua estranheza” é o seu lema. Rainha dos LARPs e da nossa vida!
4. Isabel II do Reino Unido
Aos 90 anos, a Rainha Elizabeth ganhou um seriado britânico em sua homenagem. The Crown conta a história dessa mulher que ainda muito jovem precisou assumir um cargo de grande responsabilidade e comandar toda uma nação. Quando ascendeu ao trono em 1952, Elizabeth precisou lidar com comentários negativos de homens que estavam também no Governo mas não acreditavam na capacidade da jovem por ela ser muito nova e mulher. Determinada, forte, eloquente e inteligente, a Rainha da Inglaterra reinou, literalmente, e chama a atenção por estar na ativa até hoje.
5. Amelia Earhart
Ela foi a primeira mulher a cruzar o Atlântico sozinha de avião e morreu durante a tentativa de dar a volta ao mundo – e ninguém sabe, até hoje, exatamente como isso aconteceu. Seu legado, no entanto, continua vivo e marcando a história. Mulher em uma época que só homens pilotavam, ela bateu diversos recordes da aviação e contou suas aventuras em livro, inspirando diversas outras mulheres que também queriam ingressar a aviação.
6 e 7. Sasha e Malia Obama
Ser filha de um dos presidentes que os Estados Unidos já teve acende, mesmo que sem querer, muitos holofotes sobre sua vida. Mas Malia e Sasha conseguiram lidar muito bem com isso durante o governo de Barack Obama, fazendo questão de mostrar que a vida não é tão fácil assim. Elas pensam em faculdades, trabalham em lojas, têm ídolos, fazem brincadeiras, querem um descanso, sonham com intercâmbio… É aquela coisa de não deixar o poder subir à cabeça, né?! E elas arrasam nesse quesito, lembrando que, em primeiro lugar, são adolescentes normais.
8. Alice Wegmann
Os tempos mudam e as atrizes que estamos acostumadas a ver nas telinhas também. Alice faz parte dessa nova geração de artistas que dá gosto de ver, não só pelo seu talento que transborda, mas pela forma como debatem assuntos importantíssimos nas redes sociais e não omitem suas opinião. Pelo contrário, Wegmann usa sua posição como figura pública para fazer a diferença. Nas plataformas digitais, como Instagram e Twitter, a atriz luta ativamente contra o machismo, fala sobre preconceito, autoaceitação (sabia que ela já venceu um distúrbio alimentar?) e cultura de estupro. E, é claro, nos mata de orgulho nas horas vagas!
9. Giullia Buscacio
Fazendo a diferença através da arte cênica, com personagens que chamaram a atenção, como a Olívia, de Velho Chico, Giulia também faz parte dessa nova geração de atrizes que brilham fora das telinhas. O Instagram da atriz é um retrato de tudo o que ela é e quer passar para o mundo. Através de poemas, citações e cenas de filmes representativos, ela mostra que o principal para ser feliz é aceitar a sua essência. Hoje, com tantas pessoas fazendo sucesso na internet sem um motivo palpável – e muitas vezes até questionável -, Giulia vai te inspirar de um jeito natural e positivo. Ela é a mudança, ela é a sua cara!
10. Marie Curie
Se ainda hoje a ciência é dominada por homens, na época em que Marie Curie viveu isso era ainda mais forte. Mesmo assim, ela se tornou a primeira mulher a lecionar na Universidade de Sorbonne, em Paris, e recebeu dois prêmios Nobel (um de física e um de química) pelos seus estudos sobre radioatividade e descoberta, com o marido, dos elementos químicos rádio e polônio. Ela é uma prova de que você pode ser incrível no que você gostar e ter sucesso.
11. Alice Ruiz
A poeta curitibana escreve contos desde os 9 anos de idade e já teve 21 livros publicados, entre poesias e histórias. Algumas obras já foram, inclusive, traduzidas em outros países da América do Sul, da América do Norte e da Europa. Durante os anos 70 e 80, ela fez uma série de artigos feministas para jornais e revistas, tema que também apareceu em diversas poesias. Ela também já ganhou muitos prêmios, inclusive dois Jabutis de Poesia. Por meio da escrita, ela colocou seus sentimentos e opiniões para o mundo e fez a diferença nas discussões de gênero.
12. Camila Achutti
A brasileira vem lutando contra o preconceito que existe em relação a mulheres na área de tecnologia desde que entrou na universidade. Se formou em ciência da computação pela USP e chegou a estagiar no Google da Califórnia. Voltou para o Brasil para empreender e inspirar outras meninas. principalmente por meio do site Mulheres na Computação e de cursos que ministra, a se envolverem com tecnologia, provando que elas têm toda a capacidade de serem incrivelmente boas na área.
13. Margaret Thatcher
O que dizer da mulher que contra-atacou frente à ditadura argentina e retomou as Malvinas em dias? Independentemente se você simpatizava ou não com a forma de governo de Margaret Thatcher, é preciso reconhecer que ela teve um papel reconhecido como primeira-ministra britânica três vezes consecutivas, sendo muito importante para a economia inglesa. Mas, acima de tudo, ela foi uma mulher de opinião forte e que não voltou atrás de suas convicções. Não à toa, ela recebeu o apelido de Dama de Ferro.
14. Zilda Arns
Essa mulher merece uma salva de palmas! Zilda fundou a Pastoral da Criança em 1983, que consistia em um grupo de pessoas tentando ajudar a evitar a morte de crianças de famílias pobres com soro caseiro. Com o tempo, ela expandiu o projeto para quase todo o país, além de lugares na Ásia, na África e América Latina. Seu esforço em reduzir a mortalidade infantil a rendeu o Prêmio Nobel da Paz em 2006. Durante uma palestra que ela ministrava em Porto Príncipe, no Haiti, um terremoto atingiu o local e o prédio onde Zilda estava caiu. Ela morreu atingida na cabeça, mas seu legado e sua inspiração de bondade para outras pessoas continuam brilhando até hoje.
15. Laura Enever
Das mulheres nos esportes, a surfista é destaque em competições mundiais de surf e quebra paradigmas dentro da modalidade e fora dela. Mulher não pode lutar pelos seus direitos e cuidar da aparência? A vaidade a deixa menos girl power? Menina de cabelo colorido é estranho? Surf é um esporte muito pesado para garotas? O progresso não pode andar lado a lado com a sustentabilidade? Esportista não pode usar maquiagem? Para todos esses questionamentos preconceituosas, Enever tem uma única resposta: nada a ver. Essa mulher dá onda!
16. Isadora Machado
Aos 18 anos, a Barbie da Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, usa a moda como forma de expressão e resistência. Parte do movimento negro, a adolescente transforma o seu mundo e a vida de outras meninas que não se enxergam em editoriais de moda e, muitas vezes, não têm dinheiro para comprar o que as grandes mídias e influenciadoras vendem como “bonito”. Além de fazer moda para todos, a carioca usa a voz para debater sobre apropriação da cultura afro e sua transformação como mera tendência, silenciamento das meninas negras e meritocracia. Escuta essa mina aí que ela brilha!
17. Maisie Williams
“Eu estou tentando fazer o melhor que posso. Eu tenho voz. Eu acredito na igualdade e sei que tenho mais poder de fala do que a maioria das pessoas”, admite a atriz, que interpreta a personagem Arya Stark em Game of Thrones. Aos 19 anos, a jovem tem total consciência de sua posição privilegiada em comparação a outras mulheres ao redor do mundo e isso é o que a torna mais incrível, pois, muitas vezes, não conseguimos enxergar fora da caixa. Além disso, Maisie enxerga esse privilégio como uma oportunidade de falar por tantas mulheres que infelizmente ainda são silenciadas e vivem em países e culturas machistas – sem nunca roubar o lugar de fala delas, o que é importante.
18. Larissa Jorge
A youtuber aproveitou o “boom” da plataforma digital de vídeos para preencher uma lacuna de conteúdo que não estava sendo feito. A deficiente auditiva faz vídeos para todos, mas especialmente para outros deficientes auditivos que não tinham ainda encontrado seu espaço no YouTube e não haviam se sentido representados nessa onda de youtubers. A inclusão é uma bandeira defendida pela jovem de 23 anos, que vale a pena conhecer.
19. Viola Davis
Em 2015, a atriz se tornou a primeira mulher negra a ganhar um Emmy pelo seu papel na série How to Get Away With Murder. Em 2017, a atriz se tornou a primeira mulher negra a ser indicada três vezes ao Oscar. E depois de tentas indicações, ela finalmente levou o prêmio de melhor atriz coadjuvante pelo longa Um Limite Entre Nós! Com discursos sempre empoderados, Viola é uma grande mulher na luta contra o machismo em Hollywood e uma representante ativa do movimento negro. “A única coisa que separa mulheres negras de quaisquer outras mulheres é a oportunidade”, afirma. Rainha!
Vale lembrar que esta é ainda uma pequena lista perto de tantas mulheres maravilhosas que nos inspiram diariamente. Por isso, você pode e deve completá-la com nomes que são importantes para você. Vale, inclusive, marcar as amigas, a mãe, a irmã, a avó, a famosa nos comentários e enaltece-la hoje e sempre. Feliz dia, mulheres! <3