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Surto da febre amarela afeta também seu passaporte; saiba como!

Espera nos postos de saúde giram em torno de 4h, no mínimo. Clínicas particulares não têm mais vacina para dar.

Por Da Redação 17 jan 2018, 16h26
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Divulgação/CAPRICHO

Nos últimos dias, você, provavelmente, se deparou com dezenas de notícias sobre o surto de febre amarela que está rolando no Brasil, principalmente na região sudeste, depois de macacos contaminados terem sido localizados na região do Horto Florestal, no final de 2017. Desde 1942 que o país não registrava casos urbanos da doença, que é transmitida através da picada do mosquito Aedes Aegypti.

Para que a transmissão ocorra, o mosquito deve ter entrado em contato com algum hospedeiro contaminado, seja macacos ou humanos, e picar outra pessoa. De cinco a dez dias, geralmente, o paciente começa a sentir dores no corpo, de cabeça, febre… É como se fosse uma gripe muito forte. A febre amarela tem cura, contudo, quando o quadro se agrava, com sintomas como hemorragia interna, problemas no fígado e olhos e peles avermelhados, pode levar a morte. Nos casos graves, os sintomas aparecem em cerca de 48h.

iStock/Reprodução

Mutirões de vacinação estão sendo realizados, mas as filas estão enormes e nem todo mundo está conseguindo se vacinar. “A partir do dia 29 de janeiro, os postos irão fornecer a vacina fracionada, que tem proteção semelhante, mas com duração de 8 anos. Ela é feita com 0,1 ml ao invés da dose convencional de 0,5 ml”, explica a Dra. Flavia Oliveira, pediatra da Clinica MedPrimus.

Contudo, se você ainda não tomou a vacina padrão contra a febre amarela (que deve ser tomada apenas uma vez), deve saber que a versão fracionada não será aceita em viagens. Dependendo do país que você vai visitar, é preciso tomar vacina contra a febre amarela, pois a ANVISA determina que aquele lugar pode ser uma área de risco e também para controle da doença. Depois que você tomar a vacina, que não pode ser a fracionada, precisa preencher um formulário no site da própria ANVISA e buscar seu certificado de vacinação, disponível em agências do órgão, como no Aeroporto Internacional de Guarulhos, ou em alguns hospitais, como no Emílio Ribas.

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Alguns lugares do Brasil também exigem certificado de vacinação e o esquema é o mesmo: não adianta tomar a vacina fracionada. Se você já tiver a passagem comprada, leve-a com você no dia da vacinação. No portal do Ministério da Saúde, é possível checar a lista de municípios brasileiros que exigem a vacina.

iStock/Reprodução

Apesar de a OMS (Orgazinação Mundial da Saúde) ter emitido um alerta para o estado de São Paulo, que entrou para as áreas de risco, autoridades garantem que essa medida foi de segurança para evitar que a doença se propague. Contudo, o surto e os caos nos postos de saúde – as filas estão girando em torno de 4h, no mínimo! – podem interferir diretamente na sua viagem, principalmente se ela já estiver marcada e for para alguma área de risco. Além disso, as imigrações prometem fazer vista ainda mais grossa com relação aos certificados de vacinação.

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Vale lembrar que nem todo mundo pode tomar a vacina. Bebês com menos de seis meses, portadores de imunodeficiências e hipersensibilidade a algum dos componentes da vacina não devem tomar nenhuma das doses em hipótese alguma. Gestantes, pessoas com mais de 60 anos, pacientes em quimioterapia e radioterapia, com Lúpus e Miastenia devem ser avaliados por um médico anteriormente. Você também pode comprar a vacina em alguns hospitais particulares, mas ainda assim o processo de vacinação está sendo bastante difícil e disputado – muitas clínicas não têm mais vacina para dar.

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