Restam apenas duas fêmeas do rinoceronte-branco do norte no mundo
Com a morte do último macho da espécie, a espécie (mais uma) se aproxima da extinção.
Sempre que uma espécie entra em extinção, a natureza e nós, humanos, também. Dessa vez, o último macho da espécie rinoceronte-branco do norte morreu aos 45 anos, no Quênia. Ele não deixou nenhum descendente macho e, na espécie inteira, só restam duas fêmeas vivas.
Sudan, como era chamado, foi resgatado quando tinha apenas dois anos de idade e levado para um zoológico na República Tcheca. Mas, por problemas financeiros, ele teve que ser realocado no Ol Pejeta Conservancy, no Quênia. Sudan tinha alguns problemas nos músculos e ossos devido à idade avançada. Nos últimos dois meses, sua situação havia piorado por conta de uma infecção na pata esquerda. O estado do rinoceronte ficou ainda mais grave no começo de março, quando o animal não conseguia nem mais se levantar. Por isso, a reserva natural decidiu abatê-lo para poupá-lo de mais dor e sofrimento.
As últimas duas fêmeas são Najin, de 27 anos, e Fatu, de 17. Respectivamente, a filha e a neta de Sudan. Najin é a única fértil que pode passar por uma fertilização artificial para salvar a espécie. A reserva natural recolheu material genético de Sudan para fazer tentativas de reprodução recolhendo os óvulos da fêmea, já que ele era velho demais para procriar naturalmente. Entretanto, as fêmeas que sobraram não podem carregar uma gestação, então a alternativa possível seria implantar os óvulos fertilizados em uma fêmea rinoceronte-branco do sul, como uma “barriga de aluguel”.
Notícias do tipo se fazem necessárias porque mostram como estamos acabando com a nossa casa aos poucos, mas de maneira drástica e, muitas vezes, irreversível. Seja com a caça ilegal e desenfreada, com a poluição de rios e oceanos, com a implantação de plataformas de petróleo irregulares e atividades de lazer que causam danos gravíssimos ao meio ambiente. Pense nisso.