Quero dar um ‘ghosting’ em alguém, mas me sinto mal… E agora?
Como escolher uma saída melhor para cortar relações e refletir sobre sua atitude ao dar "ghosting" em alguém
Recentemente, nós conversamos aqui sobre o que é a prática de ghosting e por que algumas pessoas tomam essa atitude. Caso você não faça ideia do que seja – inclusive, vale a pena ler a nossa matéria sobre o assunto –, levar um ghosting de alguém, é ser excluído da vida da pessoa, sem mais nem menos. A questão é: sofrer com isso é terrível, mas e quando é você quem sente que precisa tomar tal atitude? Como lidar? Será que essa é mesmo a melhor opção?
Para fazer essa reflexão, precisamos resgatar alguns pontos. Nem sempre que alguém chega a esse ponto é só por vacilo. Muitas vezes, esse “chá de sumiço” acontece como uma válvula de escape, por medos, traumas… E isso é muito compreensível, mas, ainda sim, não justifica 100% uma atitude tão radical para com o outro, porque você apenas fugiu. A não ser que essa seja sua única saída – mas essa é outra questão que vamos tratar também.
Carina Pirró, psicóloga e especialista em medicina comportamental, explica que o problema nunca é ir embora, mas a maneira como faz. “Você quer ir embora? Isso nunca será um problema, é direito seu, mas Ghosting não é uma boa prática. É sempre melhor ser honesto e direto com as pessoas, mesmo quando o que você tem para dizer para ela não é agradável” aconselha.
Agora se você está em uma situação muito delicada e não consegue enxergar outra saída, Carina diz que não definiria exatamente como ghosting, até porque, se for o caso de uma relação tóxica, por exemplo, você não fugiu do problema, você resolveu.
Para quem passou por algo assim, a psicóloga conforta: “Lembre-se de que você tomou essa decisão porque não havia outra forma de se proteger. Seria quase impossível fazer escolhas mais maduras se relacionando com pessoas imaturas ou violentas.”
“CAPRICHO, eu me toquei que dei um ghosting em alguém e que isso é errado… como lidar com a culpa?” Olha, de acordo com a especialista, o melhor a se fazer é entender o seu sentimento, reconhecer a atitude e tentar aprender com a situação. “Não sentir culpa faria você ter mais chances de cometer o mesmo comportamento numa próxima relação. mas não se afogue na culpa. Que tal pensar o que você pode fazer diferente numa próxima vez?“, respondeu ela.
É, cortar relações nunca é algo fácil, mas é importante ter responsabilidade afetiva, né?