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Polícia investiga ligação de políticos e fazendeiros com Lázaro Barbosa

Dentre as hipóteses, a de que o "Serial Killer de Brasília" era pago para realizar os homicídios em troca de favores e da desvalorização de imóveis

Por Isabella Otto Atualizado em 30 out 2024, 17h24 - Publicado em 5 jul 2021, 16h13

Na última segunda-feira, 28 de junho, Lázaro Barbosa, de 32 anos, conhecido como o “Serial Killer de Brasília”, foi morto durante apreensão policial que ocorreu em Águas Lindas de Goiás. 125 tiros foram disparados contra o criminoso, que estava foragido há 20 dias. Para a polícia, Lázaro não agia sozinho.

Documento policial registra que Lázaro Barbosa foi morto por
Documento policial registra que Lázaro Barbosa foi morto por “resistir à prisão” Polícia Militar/Reprodução

Durante reportagem exibida no último domingo, 4, no Fantástico, programa da TV Globo, a delegada Rafaela Azzi revelou que nomes de peso, como de empresários, fazendeiros e até de políticos, podem ter ligação com o assassino. Um deles é Elmi Caetano, fazendeiro suspeito de ser o mandante do crime que Lázaro Barbosa cometeu em Ceilândia, onde matou uma família inteira: os pais e dois filhos. De acordo com as suspeitas, Cláudio Vidal, o patriarca assassinado no dia 9 de junho, devia dinheiro ao fazendeiro. “Considerando que havia um laço anterior, que o Lázaro já era conhecido do proprietário e que na entrevista o proprietário fala que aquela família devia um dinheiro a ele, nós não descartamos a hipótese de que ele tenha realmente usado Lázaro para cobrar a dívida, e em não recebendo, matar aquelas pessoas”, apontou a delegada.

Ivan Barbosa, advogado de Elmi Caetano, negou a suspeita para a equipe do Fantástico e, em tom de ameaça, disse para o repórter Mohamed Saigg que, no Brasil, não existe prisão perpétua, e que o fazendeiro seria solto logo, mesmo que algo fosse comprovado.

 

Além disso, a possibilidade de que Lázaro Barbosa trabalhava em nome de fazendeiros da região do Distrito Federal e de Goiás para a desvalorização de chácaras também é investigada. Segundo Rodney Miranda, secretário de Segurança Pública de Goiás, há três hipóteses em jogo: a de que os homicídios eram pagos para diminuir o preço dos imóveis da região; a de que Lázaro era jagunço dos fazendeiros; e a de que ele podia ainda ser segurança particular de fazendeiros locais.

A polícia espera chegar a uma solução para o caso do “Serial Killer de Brasília” e condenar aqueles que têm ligação com o nome de Lázaro Barbosa. Afinal, não é porque o criminoso foi morto que o caso está encerrado.

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